Destruição Não Criadora

Destruição Não Criadora Maria da Conceição Tavares
Maria da Conceição Tavares


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Destruição Não Criadora


Memórias de um mandato popular contra a recessão, o desemprego e a globalização subordinada




Polêmica, combativa, sagaz, emotiva, mas sempre lúcida. A argúcia e a coragem de Maria da Conceição Tavares são marcas tão indeléveis de seu temperamento quanto a paixão com a qual defende seus pontos de vista. Crítica ferrenha das inconseqüências do neoliberalismo, denunciadora da catástrofe do capitalismo globalizado e seus desmandos, ela se tornou uma das vozes mais representativas da oposição brasileira. O espaço que ocupa regularmente no jornal Folha de S. Paulo tornou-se referência. Destruição Não Criadora, lançamento da Editora Record, é mais do que uma compilação dos textos mais representativos de Maria da Conceição Tavares: é a representação por escrito da extensão política alcançada pela autora. Em tempos de incertezas e de ameaças à economia e à soberania brasileira - o afamado Fundo Monetário Internacional mostra suas garras -, poucos têm tanta autoridade para apontar os equívocos e as malícias dos responsáveis pelas escolhas políticas do governo brasileiro do que Maria da Conceição. Dona de uma cultura notável e de forte sensibilidade social, ela mantém-se coerente na defesa de uma nova ordem bem diferente da via que o país está trilhando, e que parece ser a tendência natural, como a Europa aponta: uma reforma no pensamento político e nos conceitos de trabalhismo, democracia e socialismo. A autora defende o fim do pacto que, segundo ela, é o mais solerte mecanismo de perpetuação do conservadorismo já criado em nossa história republicana. "Este [o Executivo] vem se impondo sobre as demais instituições políticas e sociais da nação a ponto de retirar-lhe grande parte da autonomia requerida para uma luta democrática eficaz. O Congresso foi submetido a um rolo compressor, o Executivo legislou sem parar por meio de medidas provisórias, os sindicatos foram submetidos a pressões intoleráveis", afirma já na apresentação de Destruição Não Criadora. Em seus artigos, publicados principalmente na Folha de São Paulo, a professora de economia política denuncia sistematicamente as rachaduras e incoerências das atuais estruturas sócio-econômicas. Mesmo os que discordam de suas posições reconhecem a força dos comentários, das análises e dos vaticínios de Maria da Conceição Tavares, contraponto fundamental dos discursos oficiais.

A oposição de Maria da Conceição Tavares às políticas econômica e social do governo Fernando Henrique Cardoso é notória, bem como suas críticas às regras do capitalismo. Seus escritos e suas aulas são os espaços mais freqüentes de seus protestos. "A única contribuição que posso dar à luta do meu povo é tentar enfrentar o pensamento dominante de nossas elites econômico-sociais e políticas pelos parcos meios de que dispõe um intelectual crítico e uma professora rebelde: escrever e dar aulas." Destruição Não Criadora reúne artigos publicados entre os anos de 1995 e 1998, agrupados em sete grandes temas: "As ilusões da globalização"; "O Plano Real, a destruição não criadora"; "Os caminhos da privatização"; "A crise do sistema financeiro"; "Uma agenda de reformas negativas", "Concentração fundiária e desemprego: eixos da exclusão social" e "A transição democrática fraudada".

"Maria da Conceição Tavares reúne uma poderosa mente analítica, nutrida em sua formação matemática, a uma profunda sensibilidade social. A primeira geração de economistas brasileiros possuía formação jurídica ou de engenharia civil. Viam a sociedade como um quadro institucional cristalizado ou como um conjunto de mecanismos. Maria da Conceição pertence à geração seguinte, primeira formada nas recém-criadas escolas de economia de nível universitário. Sua formação matemática não a levou para um cientificismo positivista, isso graças a uma forte dose de historicismo que lhe veio da leitura precoce de Marx.

Esse rico equipamento intelectual foi posto a serviço de um forte senso de solidariedade social. Sua vida tem sido um combate sem quartel para injetar racionalidade e sentido ético na política deste país que se notabiliza pelas desigualdades sociais. Creio que existe um consenso entre nós no reconhecimento de que, no Brasil, ninguém pôs mais inteligência e vontade na luta pelas causas sociais do que esta brasileira por opção que é Maria da Conceição Tavares." - Celso Furtado

Economia, Finanças / Política

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