"Tudo começou quando vi aqueles seios"
Assim começa o texto que, ao se ler, vêm à tona curiosidades sexuais de infância: as imagnes, os desejos, os volumes, cheiros e gostos. O proibido/ permitido, a cumplicidade, o risco calculado, tesão e adrenalina. Coisas que remetem a descobertas, e seus traços e cores se projetam em nossa vida adulta, quando já formatados em conceitos e parâmetros considerados normais e protocolares, porém traduzidos em lampejos de criatividades íntima, ou taras, ou ambos.
Deusa Cadela traz em si a pureza da respiração na hora em que se acorda de um sono. Cheiro de essência humana, visceral e original. Mostra a relação dicotômica entre opostos aparentes, sem recorrer à fórmula "opostos que se atraem" na sua objetividade, mas revelando as nuances de uma vida a dois explorada aos seus extremos. Vivida com paixão, saboreada em suas texturas e marcada em suas cicatrizes, relatada de forma crua. A história deve ser lida abertamente para que, assim como um enólogo ou gourmet, o leitor possa distinguir em seu interior a informação mais marcante a cada paladar.