O presépio na Folia de Reis e a balança de São Miguel na Pesagem das Almas são símbolos do nascimento e da morte, respectivamente. A leitura que se faz deles pode desvendar importantes relações estabelecidas pelos indivíduos entre si e com o grupo a que pertencem.
Em Do Presépio à Balança os autores elaboram uma análise que vincula o imaginário à estrutura social que o gerou, demonstrando a tensão dialética entre as duas instâncias.
O nascimento e a morte - revelados pela linguagem do sagrado - são alvos de uma abordagem que tem por horizonte o processo de secularização vigente na modernidade.
Do confronto e da inter-relação entre o mundo sagrado e mundo secularizado emergem perguntas como: até que ponto os valores religiosos passados persistem, são reelaborados ou desaparecem? Qual o significado social da vida religiosa das camadas populares?
A presente obra discute algumas respostas para essas indagações.