Irreverente, irônico e divertido, o livro traz 64 crônicas publicadas no Jornal do Estado do Rio, Grande Jornal Fluminense, O Fluminense, Jornal O Estado, A Tribuna e Opção, de meados do ano de 1950 ao final da década de 1980. São textos curtos que abordam desde a política local aos fatos cotidianos da cidade. Assinando ora como João Cronista ora como Homem da Rua, o autor carrega na ironia, tanto na crítica à ditadura e ao comodismo do povo, como para reivindicar a restauração do Teatro Municipal João Caetano, que dirigiu de 1983 a 1986. Contundentes e às vezes proféticas, as crônicas de Carlos Couto estão impregnadas da sinceridade de um homem que amava acima de tudo o teatro e a cidade de Niterói.
Carlos K. Couto, polêmico e contestador, nasceu na cidade do Porto, Portugal, a 17 de fevereiro de 1921 e se mudou ainda menino para Niterói, onde faleceu vítima de enfarte, no dia 24 de maio de l993. Foi poeta, ator, diretor do Teatro Municipal de Niterói, produtor de rádio e TV, advogado, juiz e até vendedor de sementes. No teatro, conheceu a atriz Irema Iris, pseudônimo de Irema Braga de Araújo Couto, companheira de um casamento que iria durar 42 anos. Juntos, fundaram a Cia Carlos Couto de Comédia, viajando por todo o Brasil, com peças como O Ateneu e Pedido de Casamento