Uma edição em capa dura, comemorativa do bicentenário do nascimento de Poe, com tradução, introdução e notas de Margarida Vale de Gato e ilustrações de Filipe Abranches.
Para mim a poesia não foi nunca uma intenção, mas uma paixão; e as paixões merecem ser tratadas com respeito; não devem – não podem – ser excitadas a nosso bel-prazer com vista às compensações triviais, e às honrarias mais triviais ainda, da humanidade.
E. A. Poe
«O que distingue acentuadamente a personalidade mental de Edgar Poe é a coexistência nele de uma imaginação fantástica e delirante, de extraordinária subtileza e eteridade, e um raciocínio frio, claríssimo, maravilhoso na análise como na síntese. Foi isto que permitiu que, a par de poemas estranhos e por fim delirantes, fosse, em prosa, autor de contos que se assemelham em natureza aos seus poemas.»
Fernando Pessoa
«Poe fez poucos poemas; lamentou-se algumas vezes de não poder entregar-se, não só com mais frequência mas com exclusividade, a esse género de trabalho que considerava ser o mais nobre. Todavia, a sua poesia tem sempre um efeito poderoso. (...) É algo de profundo, espelhando como o sonho, misterioso e perfeito como o cristal.»
Charles Baudelaire
«Uma devoção única leva-me a representar o puro entre os Espíritos, [Edgar Poe], destacando-se sumamente sobre qualquer outro, como um aerólito ; estelar, relampejante, projecção dos desígnios humanos, muito longe de nós e contemporâneo daqueles a quem se fez explodir em pedras preciosas de coroa destinada a ninguém, a muitos séculos daqui. É, efectivamente, essa excepção, e o caso literário absoluto.»
Stéphane Mallarmé