Ego Trip

Ego Trip Roberto Bicelli

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Uma das principais funções de um livro é botar o leitor para viajar. Ego Trip leva seu leitor para o nordeste do Brasil, por paisagens paradisíacas, ainda quase desertas porque o livro se passa em 1983, e bota viagem nisso porque o narrador é um dos principais poetas beats do país. Sem amarras, como a maioria dos leitores gostaria, Roberto Bicelli, um dos três mosqueteiros da poesia paulistana dos anos 60, se afastou fisicamente de Roberto Piva, Claudio Willer e Antonio De Francheschi, mas ficou correspondendo-se com eles por meio de cartas, várias resgatas no livro, onde se tem também uma histórica carta do grande memoralista Pedro Nava.
Bicelli descreve o que ve e o que sente, sem censura, expõe alguns amigos, revela inconfidências, desnuda mulheres que encontra pelo caminho, celebra a vida e se diverti, tendo sempre o leitor como testemunha. Ao fazer isso vai construindo e resgatando uma imagem de um país um tanto diferente dos dias de hoje.
Sim, Bicelli e seus companheiros já foram malditos, hoje são cada vez mais celebrados pela mídia e pela universidade. Infelizmente foi preciso Roberto Piva morrer para o trabalho de toda essa turma ser valorizado. São artigos em jornais, colunas, livros e até teses de mestrado e doutorado. Quem tem medo da vida e se esconde dentro do bom comportamento não deve ler este livro, mas aqueles que questionam sair por aí com a cara e a coragem podem se inspirar nas aventuras de Bicelli, ou simplesmente sentir os tons e as texturas do nordeste brasileiro.

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Jaqueline
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02/01/2013 19:12:38

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