Elementos do trágico em Eça de Queirós

Elementos do trágico em Eça de Queirós Luciana Ferreira Leal


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Elementos do trágico em Eça de Queirós


A tragédia da Rua das Flores e Os Maias




Partindo do conceito de tragédia na Antiguidade Clássica e na modernidade, a autora discute dois romances do escritor português Eça de Queirós (1845-1900), A tragédia da Rua das Flores e Os Maias, tentando neles não apenas identificar os elementos trágicos tradicionais - como os presságios, as antinomias radicais, o desmesurado, o patético - como avaliar a importância desses elementos no desenvolvimento narrativo das obras. São romances bastante distintos. A tragédia da Rua das Flores é uma obra inacabada, cuja edição ainda hoje é objeto de controvérsias. Já Os Maias é o romance mais elaborado do autor, figurando entre as maiores obras de ficção da língua portuguesa. Enquanto o primeiro é mais simples e direto, com o enredo dando a entender desde o início o desfecho trágico da história, n'Os Maias a tragédia não se realiza de modo completo, revelando inclusive a impossibilidade de realização do trágico na modernidade. Mas ambos os romances têm um ponto em comum, além da visada trágica. São retratos implacáveis de Portugal da segunda metade do século 19, que surge como um lugar decadente, sem energia, sem sociedade civil estruturada ou cultura viva. Um país mergulhado em sua própria tragédia, da qual os personagens não têm como escapar ou sequer vivê-la plenamente.

Didáticos / Técnico / Línguas Estrangeiras / Literatura Estrangeira

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Italo Bernardo | @wesleyliterario
cadastrou em:
12/11/2018 15:32:06

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