Entre maio e novembro de 1928 vêm à luz Macunaíma e o Ensaio sobre Música Brasileira, duas obras que encerram o que se convencionou chamar de primeira fase do modernismo brasileiro. Mario de Andrade começou a trabalhar em ambas no ano de 1926, conjugando literatura e música. Escreve e pesquisa com intensidade, pois acumula as funções de jornalista e professor de música - particularmente e no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo -. cria versos e viaja ao Norte e Nordeste para conhecer o Brasil.
Na área da pesquisa musicológica, o polígrafo busca uma metodologia que lhe asseguro conhecer como os brasileiros cantam e dançam nos quatro cantos do país, procurando informações em livros, fazendo anotações em campo e solicitando material aos amigos. A etnomusicologia como disciplina ainda não existia, mas muitos povos se preocupavam em estudar suas maneiras de cantar e dançar a fim de determinar o que os individualizava, o que os tornava únicos em relação a seus semelhantes. Com o Ensaio sobre Música Brasileira, Mário de Andrade provoca estudiosos e compositores a descobrirem essas características.
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