Esconderijos do tempo

Esconderijos do tempo Mario Quintana


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Esconderijos do tempo





Esconderijos do tempo ocupa lugar de destaque na obra poética de Mario Quintana. Tudo levava a crer que, após o premiado Apontamentos de história sobrenatural, de 1976, o poeta septuagenário não tinha mais para onde ir, a não ser repetir-se. No entanto, passaram-se apenas quatro anos, e Quintana lançava este que pode ser considerado um dos melhores livros de poesia brasileira do último quarto do século passado.

Alguns dos mais belos poemas escritos pelo autor podem ser encontrados neste volume. À época de seu lançamento original, em 1980, o poeta parecia liberar-se definitivamente de todas as amarras, influências, compromissos, entregando-se por inteiro ao triunfo da imaginação como forma de questionar e enriquecer o real.

Neste livro, é marcante a total dissociação de Quintana em relação a qualquer influência exercida sobre ele por outros mestres de sua geração modernista. Se nos livros dos anos 70, através da noção de "sobrenatural", ele fizera questão de contrastar sua poética ao ceticismo materialista de Drummond, aqui o poeta assume de peito aberto sua personalidade singular.

Em Mario Quintana, o poeta, não existiu envelhecimento. Esconderijos do tempo é um livro de maturidade plena. Nele estão poemas que tematizam a passagem do tempo e o caráter fugaz dos sentimentos e das sensações, mas sem ceder à nostalgia ou à melancolia. A palavra poética afirma-se aqui como celebração e concretização daquilo que perdura.

Poemas, poesias

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Resenhas para Esconderijos do tempo (90)

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."... o destino daquelas nossas primeiras viagens era sempre o horizonte."
on 30/6/14


Mario Quintana nunca seguiu as modas literárias. Ele sabia que nunca sairá da moda o poeta que estiver despido, ou seja, quem estiver apenas comunicando-se através da sua própria verdade, com arte. Esse é o motivo que chancela o autor a não considerar mais ninguém no momento da sua (re)criação: "...muita vez o poeta é induzido a modas, quando na verdade não há nada tão ridículo como os figurinos da última estação. Só nunca sai da moda quem está nu." Ou, escaldado pela fina ironia, s... leia mais

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Si Puyo
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Alê | @alexandrejjr
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21/03/2021 21:10:22

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