As letras são tristes, mas são engraçadas. Quase como assistir um terrir no cinema, a desgraça Brasileira de tão absurda nos faz rir de desespero. Em tempos irreconhecíveis é quando nos reconhecemos, e nada melhor do que um grito métrico e rimado para cagar na cara da intelectualha. Estas putas letras tristes surgem irônicas, como alguém que foge de um cão raivoso e vai parar sem querer em um beco sem saída. Há poesia no esporro, há método no todo, permita-se ser o engodo. Um livro de sonetos depois de 2020 parece bastante adequado para um país que politicamente tenta ser antiquado; são letras pela liberdade e pelo direito ao grito de se assumir emputecido.
Literatura Brasileira / Poemas, poesias