Estudo da produção de bioadsorvente proveniente do bagaço da laranja e sua aplicação na remoção de ácido ftálico em água

Estudo da produção de bioadsorvente proveniente do bagaço da laranja e sua aplicação na remoção de ácido ftálico em água ANA MARIA DE OLIVEIRA...


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Estudo da produção de bioadsorvente proveniente do bagaço da laranja e sua aplicação na remoção de ácido ftálico em água (01 #01)





Plastificantes são substâncias orgânicas sintéticas de baixa massa molar, adicionadas ao polímero para aumentar sua flexibilidade e a resistência do produto final. Os ésteres ftálicos ou ftalatos, são amplamente utilizados como plastificantes em indústrias químicas, principalmente como aditivo ao policloreto de vinila (PVC). Estes ésteres têm sido encontrados no meio ambiente, como contaminantes em solos e águas. Visando o tratamento de efluentes que contêm- ácido ftálico, esse trabalho descreve a remoção deste contaminante por adsorção utilizando o bagaço de laranja in natura como bioadsorvente. Para tal, foram avaliadas diferentes amostras de bagaços de laranjas denominadas: Bagaço Adquirido (RA) e Bagaço Doado (RD), ambos de laranjas da variedade Pêra (Citrus sinensis). O material
foi caracterizado para determinação de tamanho de partícula (Análise granulométrica), densidade aparente, pH, Potencial de Carga Zero (PCZ), cristalinidade (Difração de Raios-X (DRX) Análise Termogravimétrica (TGA) e morfológica (Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Diferentes massas dos bioadsorventes RA e RD foram adicionadas a erlenmeyers contendo soluções aquosas de ácido ftálico (razões sólido/líquido de 2 a 30 g L-1) e mantidas em pH e agitação constantes 6,0 (±0,5) e 200 (±1) rpm, respectivamente para avaliação da eficiência na remoção dos contaminantes presentes no efluente. Obteve-se assim uma remoção percentual de 76,7 %, para o bioadsorvente RA e 46,6 % para o bioadsorvente RD quando foram utilizadas 3 g de bioadsorvente. Foram realizados estudos cinéticos nas temperaturas de 25, 35, 45 e 55 °C, que revelaram uma cinética favorecida, com tempo de equilíbrio de apenas 20 min para remoção relevante do contaminante desde o início do contato entre o efluente simulado contendo ftalatos e os biosorventes RA e RD. Para o equilíbrio o modelo de isoterma de Freundlich descreveu melhor o sistema nas condições avaliadas, sugerindo que a adsorção esteja ocorrendo em multicamadas. O pH obtido após todas as etapas de produção para ambos os bioadsorventes RD e RA foram 6,4 (±0,5) e 6,5 (±0,5), respectivamente, indicando um material bem próximo da neutralidade. Para o pHPCZ, o valor obtido para ambos os bioadsorventes foi 8,0 (± 0,2), o que demonstra predominância de cargas elétricas positivas na superfície do material, representando a capacidade de troca de ânions (CTA), condição significativa de adsorção de moléculas aniônicas. Sendo assim, é possível afirmar que esta pesquisa permitiu uma investigação detalhada e aprimorada da produção de um novo bioadsorvente, a partir de fontes naturais e seu emprego in natura no tratamento de ftalatos. Através da metodologia utilizada neste estudo, foi possível obter resultados relevantes no tratamento de efluentes contendo ácido ftálico. Desta forma, contribui-se para os avanços científicos e tecnológicos associados a práticas sustentáveis.

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