Bernardo, um adolescente de dezesseis anos, aceita o convite de Yeda, sua psicóloga, para escrever sobre seus dias e seus sentimentos, em um exercício de autoconhecimento. A princípio sem entender direito a ideia, já que fala sobre suas questões nas sessões semanais de terapia, ele se coloca a escrever e, mais que isso, a ler em suas próprias linhas muito sobre si mesmo. Com texto sensível e bem-humorado, Eu, Bernardo trata de dramas comuns na vida de adolescentes e jovens, que sentem o peso de crescer, esforçando-se para preservar sua subjetividade em meio a exigências culturais e produtivas que se colocam como orientação para uma pretensa e sufocante normalidade. A leitura deste diário faz com que a história de Bernardo seja um pouco a de cada um de seus leitores. Ao fechar o livro, ficamos com a impressão de ter crescido com Bernardo.