Em 1835, um jovem camponês mata a golpes de foice a mãe grávida, a irmã adolescente e um irmão de sete anos. Preso, escreve longo depoimento sobre as razões de seu ato. Condenado morte, trava-se acirrada polêmica entre psiquiatras e juristas, e a repressão judiciária é suspensa pelo diagnóstico médico: o jovem é considerado louco e sua pena é comutada em prisão perpétua. Meses mais tarde, enforca-se em sua cela. A agitação em torno desse caso marca o inácio da luta da psiquiatria por uma posição, ao lado da Justiça, entre as instâncias de controle da vida social. Este livro é o resultado de um trabalho de equipe realizados no College de France sob a direção de Michel Foucault, reunindo as peças judiciárias do processo e desenvolvendo análises sobre aspectos jurídicos e psiquiátricos do caso luz das conceituações atuais.
Direito / Filosofia / História / Psicologia