A abordagem dessas autênticas máscaras, neste livro, contudo, merece um tratamento especial: o rio será o rio-mundividência, vozes que se alternam, tentando superar culturalmente a fatal cisão entre o homem e o mundo. De caráter ensaístico, a obra persegue a "unidade e a diversidade" de Fernando Pessoa, da perspectiva da História da Cultura. Partindo do conceito de "despersonalização" na lírica moderna (Hugo Friedrich) e da "Teoria dos Deuses" (António Mora/Fernando Pessoa), o autor examina a questão dos heterônimos de Fernando Pessoa, seguindo-se de análises particulares da poesia de cada um dos heterônimos, sugerindo como conclusão a unidade na diversidade: uma personalidade humana e literária complexa expressando-se de maneira múltipla.
Artes / Literatura Estrangeira