A entrada da eletricidade no cotidiano brasileiro começou no ocaso do Império e se acelerou rapidamente nos primeiros tempos da República. A novidade das companhias de 'força e luz' encontrou um país industrialmente atrasado em relação às metrópolis centrais e ainda às voltas com o debate em torno de seu suposto destino agrário. Apesar disso, sabe-se que durante a República Velha técnicos brasileiros fizeram, a duras penas, um esforço considerável destinado à capacitação nacional na nova fonte energética. A falta de políticas centrais voltadas para a ciência e tecnologia, bem como o predomínio do capital estrangeiro se contrapõem a essas iniciativas, ressaltando o papel e a responsabilidade das elites nas tentativas, tantas vezes frustradas, de se criar um caminho próprio para o desenvolvimento.