"Função estética da luz", do diretor, dramaturgo e iluminador sorocabano Roberto Gill Camargo quer provar que a falta de trabalhos sérios, abrangentes e competentes nas prateleiras teatrais das livrarias (quando as há, prateleiras e livrarias) não ocorre por falta de pessoal abalizado a produzi-los. Bem ao contrário. Além de conter uma história da luz no teatro, traçada de modo bem articulado, "Função Estética da Luz" apresenta também um quadro detalhado do seu emprego prático. Em lugar de uma linguagem semiótica ou impregnada de termos técnicos, ele prefere escrever com objetividade, usando palavras que os leitores comuns podem entender. O livro de Camargo é talvez a mais completa obra sobre o assunto já publicada no Brasil.
(Alberto Guzik)
Artes