É muito comum, quando um prosélito quer justificar as crueldades dos seus partidários ou correligionários, declarar que os fins justificam os meios.
Para outros são desculpáveis os crimes hediondos de uma guerra, nacional ou internacional, quando tem propósitos humanitários.
Para os adeptos de uma seita, facção ou partido, os crimes, quaisquer que sejam, cometidos pelos facínoras de sua grei, tem sempre bons propósitos, uma vez que lhe servem os interesses.
E vale a pena ver os cálculos que fazem e as razões que apresentam para justificá-los. Os bons sentimentos, as noções de caridade, os princípios de amor fraterno, tudo isso desaparece diante das paixões que sacodem o individuo, diante de seu espírito sectarista. É raro ver-se um cidadão, mesmo dotado de bom caráter, que não desculpe um ato mau, violento, até mesmo perverso, quando este ato beneficia as duas ideias políticas, religiosas ou sociais...
História Geral