Gregos e Troianos

Pode ser que este tipo de literatura que eu, Heino Willy Kude, apresento ao público seja superado. Mas eu creio que os desejos, as ambições humanas sempre são os mesmos. Muito pouco mudou. Segundo o meu livro Será que Freud Explica?, temos como que a imutável sina - em verdade, um programa mental - algo como instinto (palavra detestável, mas que uso para melhor ser compreendido) de termos fugido do meio ambiente social para o qual fomos programados viver em pequeno grupo e sermos obrigados a viver entre milhões. Tanto isso como a ganância determinam que sempre havemos de viver em litígios. Assim como conseguimos amar pessoas que nos são próximas, conseguimos odiar pessoas inocentes que são integrantes de grupos humanos estranhos. É incrível e inaceitável como os mesmos fatos conseguem ser interpretados por gente que pensa, chegando a conclusões contrárias. Aqui apresento deuses no drama que em nosso entender não são entes independentes, mas ideias que surgem para alguns, resultantes de um sistema intercomunicatório telepático que existe entre seres humanos em determinadas condições (como o tento explicar nos livros já citados). E esperamos poder apresentar uma tragédia que desta feita não é pessoal, mas a de um povo inteiro, os troianos.