Escritora de peças teatrais, contista e tradutora, Vera era uma das dramaturgas contemporâneas mais conhecidas do Estado. Lutou durante cinco anos contra um câncer no intestino, falecendo em 1 de janeiro de 2003, com 43 anos. O diretor que mais a encenou foi Mauro Soares, em peças como Nesta Data Querida, uma grande sucesso teatral. A pelotense só começou a escrever em 1990, depois de participar da Oficina de Criação Literária de Luiz Antônio de Assis Brasil. Chegou a ingressar na faculdade de Letras, mas parou o curso para se mudar para São Paulo e estudar Artes Dramáticas. Arrependida, voltou para Porto Alegre, terminou seu curso, deu aulas de inglês e fez traduções. Ela publicou três livros: Há um Incêndio sob a Chuva Rala, Dona Otília Lamenta Muito e Dona Otília e Outras Histórias.
Autobiografia, encontrada em um dos manuscritos da escritora
VERA Karam por VERA K.
Leia até o final. Poderá lhe ser útil:
VERA KARAM, também desconhecida como VERA K, é natural de Pelotas embora seja difícil de acreditar que uma pessoa nascida em Pelotas seja “natural”.
É professora de inglês, eterna estudante de letras e ex atriz, tendo largado a carreira, por razões obscuras, no auge do anonimato. Avisa aos estudiosos de sua obra que esta pode ser dividida em A.O. e D.O. (Antes da Oficina e Depois da Oficina).
Adora cantoras de blues; é apaixonada por Eugene O’Neill e fã incondicional de Ligia Fagundes Telles.
Não menciona idade, mas deixou escapar que lembra da revolução de 64: da Casa Louro, da revista “escrita” e frequentou os resquícios da “esquina maldita”.
Adora pimenta, sabe de cor “...E o Vento Levou” e leu “A Convidada” sete vezes. Tem o estranho hábito de falar de trás para diante.
Aceita críticas, mas só pelo correio e acompanhada de fotos 3x4.
AJESED A SODOT AMU AOB ARUTIEL
Vera K.