Principal partido da esqueda brasileira durante seis décadas, O Partido Comunista Brasileiro tem neste livro dissecada sua autação no movimento sindical. Coluna central de várias das principais lutas que envolveram os trabalhadores no século XX - entre elas, as jornadas pelos direitos trabalhistas, as greves do início dos anos 1950 e a campanha "O petróleo é nosso" - o PCB tinha por vezes uma atuação contraditória. Marco Aurélio Santana, apoiando em farta documentação, mostra que, com muita frequência, a política e a teoria da direção do partido encontravam outra aplicação entre suas bases. Ao viver uma longa agonia e perda de influência no interior do movimento operário, o partido viu-se substituído pela emergência do "novo sindicalismo", da CUT e do PT. E, embora tenha uma origem e uma prática claramente distintas do PCB, o PT, herdeiro deste novo sindicalismo, cada vez mais se assemelha em tantos pontos ao velho Partidão, outrora severamente criticado por seu cupulismo, conciliação e política policlassista. Homens partidos compara essas trajetórias e delas extrai lições decisivas para a compreensão e o o futuro do sindicalismo no Brasil.