O esporte tem no mundo uma posição indiscutível de destaque pelas suas grandes contribuições e influências nas mais variadas sociedades e culturas. Seu caráter heteronormativo, fruto de uma cultura e de um longo processo histórico de valorização do ser masculino e de suas masculinidades no esporte, em detrimento das feminilidades, tem prevalecido tanto entre os praticantes da grande maioria das modalidades esportivas quanto entre os espectadores, tornando o ambiente esportivo um local de incontestável permissividade homofóbica e misógina. O objetivo desse estudo é compreender a ação dessa cultura majoritariamente excludente e repulsória, e a forma como essas reações são aceitas, afetando então os atores sociais envolvidos. Além disso, busca elucidar as práticas que alimentam e as práticas que questionam esse cenário discriminatório, através de revisão bibliográfica tradicional. sob o discurso de sociólogos, antropólogos, professores e atletas, além das representações midiáticas sobre o tema. Por fim, será observado o papel do professor de Educação Física na formação de seres críticos, que possivelmente contribuiria para a superação dos preconceitos de sexo e gênero no esporte, embora ainda exista um longo caminho a ser percorrido. Através do presente estudo, concluiu-se que o âmbito esportivo possuiu grandes princípios pautados na heteronormatividade, o que gera discriminação aos sujeitos que não se encaixam perfeitamente nos padrões de sexualidade e de gênero esperados, além disso, o potencial do professor de educação física em se tornar um desestabilizador dessa estrutura se tornou claro, mesmo nem sempre sendo utilizado
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