– Distrai o guardião! – Sugere Néftis a Ísis.
– Distrai o guardião! – Sugere Neite a Osíris.
Ísis e Osíris chamam o guardião do templo, perguntando-lhe o impossível.
– O que não vês, guardião? – Pergunta Osíris.
– De que nome te esqueceste, guardião? – Pergunta Ísis.
O guardião, por ser tão antigo, empenha-se em responder, distraindo-se. E, perde o segredo que guarda, o segredo que Ísis e Osíris recebem. Frustrado, reclama:
– Mas, ele estava tão bem, fora da sua natureza!
– Enquanto o distraías! – Diz Osíris.
E, o segredo geme de dor quando o guardião lhe falha, porque se descobre sepultado. Ísis ampara-o, é a vida, a vida que estava representada no laço de vidro vermelho, gasto pelo tempo, que tinha encontrado no pó tumular. Agora, Ísis e Osíris veem não só as estrelas cadentes, mas as ascendentes. E, também, os anéis violeta das nebulosas, que já se podem aproximar sem que eles temam. Eles percebem, então, um demónio, um deus, dois demónios, dois deuses.
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