Imortalidade e Cª (Argonauta #424)

"Immortality Inc.", 1959. "Depois, Thomas Blaine pensou na maneira da sua morte e desejou que tivesse sido mais interessante. Porque não teria ela vindo quando lutava contra um tufão, ou subia uma montanha varrida pelos ventos? Porque fora a sua morte tão pacata, tão comum, tão vulgar? Mas uma morte empreendida, pensou ele, teria sido desajustada com a sua maneira de ser.
Sem dúvida que ele tinha de morrer justamente da maneira rápida, comum, suja e indolor como morrera.
E toda a sua vida ter sido passada na formação dessa morte - uma vaga indicação na infância, uma razoável promessa nos seus anos de colégio, uma implacável certeza aos trinta e dois anos de idade."

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Assim começa Imortalidade e Cª., a versão portuguesa de "Immortality, Inc", de Robert Sheckley, a obra que serviu de base ao filme Freejack.
Mas de que serviria o suicídio de Thomas Blaine num mundo e num tempo em que os mortos podiam ser ressuscitados para que os seus corpos fossem usados por quem tivesse dinheiro para os usar?

Ficção científica