Incesto

Incesto Anaïs Nin


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Diários não-expurgados de Anaïs Nin (1932-1934)




Após os acontecimentos relatados em Henry & June (Coleção L&PM Pocket), este volume dos diários não-expurgados de Anaïs Nin detalha o conturbado período de sua vida entre os anos de 1932 e 1934. Mesmo nutrindo grande amor e ternura pelo marido, Hugh Guiler, Anaïs não consegue dar vazão a seus desejos sexuais dentro do casamento e entrega-se a aventuras com os doutores René Allendy e Otto Rank, seus psicanalistas, e com Henry Miller, o escritor maldito, então em plena fase de conclusão do seu Trópico de Câncer. Para complicar ainda mais a equação amorosa, em 1933 a autora reencontra o pai, a quem não via desde menina, e acaba envolvida em um perturbador relacionamento incestuoso. O livro relata, inclusive, em páginas comoventes e atualíssimas, a decisão impossível que ela se vê obrigada a tomar quando descobre uma gravidez indesejada.

Em uma prosa arrebatadora e repleta de nuances poéticas, Anaïs Nin registra o relacionamento com seus amantes e, no caso de Miller, o intercâmbio literário é um dos pontos altos, assim como seus encontros com outras figuras de vanguarda da época, como por exemplo o dramaturgo Antonin Artaud. São abordados temas como esperança, amor, sexo e frustração, sempre no tom intimista de uma mulher que escreve para si mesma. O estilo da autora é denso e honesto, marcado por uma fraqueza que inclui descrições detalhadas de seus estratagemas para enganar pessoas próximas a fim de ocultar sua vida dupla um dos motivos que manteve as versões integrais dos diários longe do público por tanto tempo.

O primeiro volume foi publicado em 1966, mas, para preservar a família e os amantes, a escritora decidiu excluir trechos comprometedores ou explícitos, além de alguns nomes, como o do esposo Hugh. Somente em 1986, quase dez anos após a morte de Anaïs, Rupert Pole, seu segundo marido, começou a realizar o desejo expresso em vida pela autora de que todos os volumes dos Diários fossem editados em versões sem cortes, em volumes agora disponíveis ao leitor brasileiro.

Biografia, Autobiografia, Memórias / Não-ficção

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on 22/9/14


À época em que escreveu este diário, Anais Nin tinha apenas 25 anos. Mas o debate filosófico existencial é riquíssimo na obra. E, ainda mais forte é a análise psicológica que Anais faz de todos à sua volta. Parece até que há um mundo diferente do nosso à sua volta. Mundo este criado pela própria. A devassidão e a forma como se perde em erotismo e na sensualidade é desconcertante. Especialmente se levarmos em conta a época em que foi escrito. Tanto que Anais Nin só autorizou a publicaçã... leia mais

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