Introdução à Filosofia Moderna

Introdução à Filosofia Moderna Roger Scruton


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Introdução à Filosofia Moderna


De Descartes à Wittgenstein




O assunto deste livro é a filosofia moderna, ou seja, a filosofia iniciada com Descartes, e cuja manifestação mais recente encontra-se nos escritos de Wittgenstein. Dentro desses dois marcos, Roger Scruton, professor Filosofia do Birkbeck College, Universidade de Londres, escreveu um livro perfeitamente inteligível para os que não possuem conhecimentos especializados de filosofia analítica contemporânea.

A natureza da filosofia pode ser apreendida mediante dois contrastes: com a ciência, por um lado, e com a teologia, por outro. Comumente, a ciência constitui o domínio da investigação empírica; ela origina-se da tentativa de compreender o mundo como o percebemos, predizer e explicar eventos observáveis e formular as “leis da natureza”, consoante as quais o curso da experiência humana deve ser explicado.

Qualquer ciência produzirá uma quantidade de questões que ultrapassam o alcance de seus próprios métodos de pesquisa e que, por isso, ela não poderá resolver. Tem-se chamado tais questões de metafísicas; elas constituem uma parte distinta e inevitável do objeto da filosofia. A busca da solução do problema metafísico pode levar a um sistema teológico autoritário, que invoca uma causa primeira e uma meta final de todas as coisas.

Além da questão metafísica, as considerações filosóficas voltam-se também para outros aspectos. Há, particularmente, questões de método, exemplificadas pelos estudos da teoria do conhecimento, e de lógica. Assim como a investigação científica pode chegar ao ponto de se tornar metafísica, seu próprio método pode ser questionado mediante repetidas indagações acerca dos fundamentos de cada asserção particular.

Desse modo, a ciência dá origem inevitavelmente aos estudos de lógica e de epistemologia, bem como aos estudos éticos, estéticos e de filosofia política, visto que também nesses campos, tão logo somos levados a investigar a base do nosso pensamento, somos impelidos a níveis de abstração em que nenhuma investigação empírica pode proporcionar resposta satisfatória.

A filosofia, segundo o professor Scruton, parece ocupar um lugar entre a ciência e a literatura. Por um lado, é possível, como o fez Wittgenstein, focalizá-la com um espírito completamente a-histórico, ignorando as realizações de filósofos anteriores e apresentando os problemas filosóficos sem ostentar uma relação autoconfessada com a tradição do assunto. Embora grande parte da filosofia contemporânea seja desse tipo a-histórico, geralmente não é pior por isso.

Os filósofos têm sido bem-sucedidos ao isolar uma série de questões às quais se têm dirigido, cada vez mais preocupados com o que se tem pensado recentemente e com a intenção de aperfeiçoar seu pensamento. Para o autor, há que se estabelecer uma distinção entre a história da filosofia e a história das ideias, e, portanto, a história aqui esboçada tanto produz como é produzida pelo estado atual do entendimento filosófico. Seu método, porém, não é o de expor detalhadamente os argumentos dos filósofos, mas sim delinear as principais conclusões, sua importância filosófica e os tipos de consideração que levaram seus autores a adotá-las.

Educação / Filosofia

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