Iron Man

Iron Man Tony Iommi...


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Iron Man


Minha jornada pelo céu e pelo inferno com o Black Sabbath




Sobre o Autor

É conhecido mundialmente por ser guitarrista e membro fundador da banda britânica de metal Black Sabbath e do projeto Heaven & Hell com o vocalista Dio. Foi considerado o 25º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone. É amplamente considerado o principal contribuidor na criação do Heavy Metal. A Rolling Stone descreveu Iommi como o "Rei do Riffs", com as faixas de Iron Man, Paranoid e War Pigs. --Este texto se refere à edição paperback.

Trecho. © Reimpressão autorizada. Todos os direitos reservados

"Era o meu último dia de trabalho. Depois que voltei do intervalo pro almoço, apertei o pedal e a prensa caiu bem na minha mão direita. Quando, no reflexo, puxei a mão, as pontas dos dedos foram arrancadas. Os ossos ficaram expostos. Eu não conseguia acreditar naquilo. Tinha sangue para todo o lado."

"Antes do acidente, tocava acordes cheios, que geralmente não consigo mais fazer, então compenso fazendo-os soarem mais encorpados. Foi assim que desenvolvi um estilo de tocar que se adequa à minha limitação física. É um estilo nada convencional, mas funciona pra mim."

"Queríamos fazer outra banda e começamos a procurar vocalistas. Fomos a uma loja de instrumentos musicais e vimos um cartaz em que estava escrito: “Ozzy Zig está procurando uma banda, tem o próprio P.A.”. Falei pro Bill: “Conheço um Ozzy, mas não pode ser o mesmo cara”. Pegamos o carro e fomos ao endereço indicado no cartaz, batemos na porta, a mãe dele atendeu e a gente falou: “O Ozzy está?”. Ela respondeu: “Está, só um minuto”. Ela se virou e gritou: “John, é pra você”. E, quando ele chegou à porta, falei para o Bill: “Ah, não, esquece. Conheço esse cara”."

"Como os palcos eram pequenos, a gente se amontoava neles. O Ozzy ficava pairando na minha frente, mas depois, quando fomos para palcos maiores, ele passou a ficar à esquerda, em frente ao meu equipamento, e eu fui pro meio do palco. Não me pergunte o motivo, pois não sei responder. Era estranho, mas eu gostava. O centro do palco é o melhor lugar pra escutar como o som todo está saindo. Continuamos assim até ele deixar a banda. O Ozzy só foi pro centro do palco quando voltou pra banda muito tempo depois, nos anos 1990."

"Eu tinha acabado de criar o riff de “Black Sabbath”. Toquei “dom-dom-dommm”. E foi tipo: “É isso aí!”. Criamos a música a partir daí. Assim que toquei aquele primeiro riff, todos nós falamos: “Meu Deus, é bom demais. Mas o que é isso? Sei lá!”. Era um negócio simples, mas tinha uma atmosfera. Só depois descobri que eu tinha usado o “intervalo do diabo”, uma progressão de acordes tão sombria, que na Idade Média a Igreja a tinha proibido de ser tocada. Eu não tinha ideia, aquilo saiu de algo que eu sentia por dentro. Foi como se tivesse sido arrancado de mim à força, aquelas coisas estavam surgindo desse jeito. Aí todo mundo começou a acrescentar partes e no final achamos que ficou maravilhoso. Muito estranho, mas bom. Estávamos chocados, mas sabíamos que tínhamos alguma coisa ali."

"Todas as nossas músicas tinham mais de 5 minutos. Nunca havíamos feito uma de 3 minutos, então a “Paranoid” era um treco descartável: “Essa aí vai ser o tapa-buraco”. Nunca imaginamos que ela seria o hit. De todas as nossas músicas, ela é sempre a que as pessoas colocam em coletâneas, usam como trilha sonora na TV e em filmes. E levamos uns 4 minutos pra escrevê-la."

"Nunca subo no palco sem a minha cruz. Quando estou em turnê, sempre cuido muito bem de duas coisas: da cruz e dos dedais."

"Tocamos “Sweet Leaf” chapados, já que naquela época fumávamos muita maconha. Quando eu estava gravando uma parte acústica para alguma outra música, o Ozzy levou um baseado gigante pra mim e falou: “Dá uma bolinha aí”. Minha cabeça explodiu de tanto tossir, eles gravaram aquilo e foi o que usamos no início de “Sweet Leaf”. Que adequado: abrir uma música sobre maconha tossindo... e aquela é a melhor performance vocal de toda a minha carreira!" --Este texto se refere à edição paperback.

Artes / Biografia, Autobiografia, Memórias / Fotografia / Música / Não-ficção

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Falar de Tony Iommi é falar de som pesado, o homem que criou todo um gênero que é amado ao redor do mundo. Para quem já conhece a história do Black Sabbath, não há muitas novidades nessa biografia. Tony conta sobre o início da sua carreira, o tão famoso acidente nos dedos, e vai passando álbum à álbum contando a história por trás deles. Apesar do Heavy Metal não ser um gênero tão popular como o Pop, com certeza é o gênero mais amado e idolatrado, tendo os fãs mais fiéis. Desde a minh... leia mais

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Hector23
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