Em Ironia à brasileira, a jornalista Graça Ramos revisita o conceito de Ironia - dos gregos aos autores contemporâneos - e destaca a obra de três autores como estruturalmente irônicas. São eles Machado de Assis, Oswald de Andrade e Mario Quintana. Ela demonstra que boa parte da poesia nacional abdicou do recurso irônico, dando preferência a textos melodiosos, que pouco exploram a extensão do sentido, e indica como os três autores escolhidos usaram a ironia, cada um a seu modo. Machado preferiu a ironia trágica, introduzindo o modernismo no país. Oswald recorreu à ironia paródica e, naquele que é o ensaio mais apaixonado, a ensaísta debruça-se sobre a combinação entre lirismo, irnonia e humor amalgamada por Mario Quintana em seus poemas.
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