O que acontece com as crianças quando desencarnam tão cedo? Neste livro, vinte delas contam como foram recebidas e estão vivendo no Plano Espiritual.
Quando a desencarnação, comumente chamada “morte”, arrebata do coração de pais, tirando do convívio físico, aqueles seres tão amados, que tudo representavam em forma de esperança e futuro promissor, imediatamente, somos levados a fazer uma série de indagações. Indagações essas, quando não feitas com certa dose de revolta para com a Justiça Divina, exprimem-se como vazão ao nosso “momento”, na tentativa de encontrarmos um remédio, pelo menos paliativo, capaz de minimizar a terrível dor:
* Por quê?
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Como isso foi acontecer, logo com a gente?
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Nosso filho, tão cheio de vida?
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Por quê de forma tão trágica?
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Por quê uma enfermidade tão cruel?
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Por quê uma criaturinha tão inocente partir assim?
E o Espiritismo, o Consolador Prometido, nos oferece, a nós, os pais, a oportunidade de ouvirmos dos próprios filhos, através do intercâmbio mediúnico, pela psicografia, as respostas reconfortantes, esclarecedoras e a certeza de que a vida continua, nos afirmando que o túmulo é a porta de entrada para a Vida Maior, que é a vida do espírito.
O nosso objetivo, então ao organizarmos este trabalho com as cartas daqueles que foram crianças e que retornaram crianças ao Plano Espiritual, é o de mostramos, com as palavras deles, que para o Espírito, o mais importante é a continuidade da Vida, sempre unidos pelos verdadeiros laços de amor a criaturas tão meigas, dóceis, que para os pais representam as mais lindas flores, formando assim um autêntico “Jardim de Crianças".
Celso de Almeida Afonso