Peça essencial da fortuna crítica sobre o autor, Jorge Luis Borges, um escritor na periferia chega em boa hora às mãos dos leitores brasileiros.
Publicado originalmente em inglês, em 1993, este é um desafio polêmico à visão corrente - e unânime, demasiado unânime - de Borges como um fabulista soberano que nada deve à história nacional e à tradição literária de sua Argentina de origem.
Beatriz Sarlo é a primeira a reconhecer o tanto que há de “justiça estética” na “universalização triunfal” da obra do autor — mas, suspeitando que nesse reconhecimento vai uma dose de perda, a crítica argentina prefere trafegar na contramão do lugar-comum vigente e providenciar “uma paisagem para Borges”.
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