Lição de coisas

Lição de coisas Carlos Drummond de Andrade


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Lição de coisas





Lição de coisas retorna ao catálogo da Editora José Olympio em edição especial, com novo projeto gráfico, nova fixação de texto e conteúdo extra.

Se o gosto de Drummond pela experimentação já se notava em poemas como No meio do caminho, de Alguma poesia, seu livro de estreia, neste Lição de coisas esse fazer se intensifica. A partir de provocações colocadas pelo concretismo, o poeta itabirano aqui se abre para explorar de maneira mais intensa forma e conteúdo – em especial, o conteúdo visual e sonoro –, “sem entretanto aderir a qualquer receita poética vigente”, como mineiramente se sublinha na nota da primeira edição.

As nove partes que compõem Lição de coisasOrigem, Memória, Ato, Lavra, Companhia, Cidade, Ser, Mundo e Palavra – representam os fundamentos da poética drummondiana: a terra, a família, as lembranças, os afetos, as amizades, as admirações, a consciência dos problemas do homem e dos perigos do mundo. Os poemas que aqui se encontram são dos mais conhecidos de Drummond: O padre, a moça, levado para o cinema pelo diretor Joaquim Pedro de Andrade, e Para sempre, belo canto de louvor às mães que circula nas redes sociais sempre que se quer homenageá-las.

Esta nova edição reúne também uma dedicatória do poeta para a esposa, Dolores, e outra para a filha, Maria Julieta, e sua família; a crônica Livros novos, que Drummond publicou no jornal Correio da Manhã; e quatro poemas (A música barata, Cerâmica, Descoberta e Intimação), constantes, como inéditos, na Antologia poética do autor, publicada em 1962, e incluídos no Lição de coisas a partir da segunda edição, lançada em 1965.

Com esta edição, convidamos leitores e leitoras a desfrutar poemas que, para além da experimentação, compreendem temas caros a nosso querido poeta, como a memória, o humor e a mineração de si mesmo e do outro. Percebe-se assim que, para além de qualquer observação sobre a técnica de seus textos, o que encontramos é muitas vezes a humanidade mais singela. Sua expressão poética simples, porém sempre coesa, ainda nos espanta pela ternura. Esta lição, talvez por isso, fica e permanece. São poemas que, como pequenas joias, tornam-se cada vez mais valiosos “na correnteza esperta do tempo”.

“Drummond é antes de mais nada um maker, um inventor.”
Haroldo de Campos

Literatura Brasileira / Poemas, poesias

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on 26/6/16


"O padre furtou a moça, fugiu Pedras caem no padre, deslizam A moça grudou no padre, vira sombra, aragem matinal soprando no padre. Ninguém prende aqueles dois, Aquele um Negro amor de rendas brancas. Lá vai o padre, atravessa o Piauí, lá vai o padre, bispos correm atrás, lá vai o padre, lá vai o padre lá vai o padre lá vai o padre, diabo em forma de gente, sagrado. Na capela ficou a ausência do padre E celebra a missa dentro do arcaz. Longe o padre vai ce... leia mais

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Jenifer
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