Rica e culta, Hélène Berr estudava literatura inglesa na Sorbonne e costumava reunir-se com um grupo de amigos para tocar peças dos compositores Beethoven, Schubert e Bach ao violino. Aos 21 anos, em 8 de abril de 1942, começou a escrever o seu diário, que relatava tudo o que outras garotas da sua idade escreveriam - contava como era a vida em Paris, a rotina na universidade com seus amigos, inconfidências sobre seu romance com o futuro noivo, viagens de férias no campo. No entanto, aos poucos a realidade da ocupação nazista começa a impregnar sua felicidade. Em junho, sente pela primeira vez a incompatibilidade entre a harmonia e a alegria de sua vida e os terríveis acontecimentos que a ocupação nazista desencadeia. Hélène Berr escreve nas páginas de seu diário como a ocupação nazista em Paris foi transformando a sua vida e a dos outros judeus franceses como ela.