Você já imaginou se fosse possível fazer um balanço de sua vida - dos erros, dos acertos, das grandes e pequenas lições - antes de a vida ser vivida? Seria como ir ao futuro, verificar o que foi e o que poderia ter sido, voltar ao presente e viver, de outra forma, com mais felicidade, a vida ideal.
Pessoas mais velhas acumulam tais experiências - mas nem sempre nos espelhamos nelas, ou seja, nos conselhos dos mais velhos, para traçarmos o destino. O livro - "O que Vale a Pena", da assistente social norte-americana Wendy Lustbader - se propõe a examinar os conhecimentos de pessoas anônimas na casa dos 60 aos 90 anos e nelas se inspirar para dar conselhos e lições de vidas em busca do equilíbrio e da felicidade.
O resultado é um livro encantador, como se fossem pílulas de sabedoria com depoimentos colhidos ao longo de 20 anos no trabalho de Wendy em asilos de idosos. A obra soma casos que refletem sobre temas conflitantes da vida como: casamento, amor, ciúme, qualidade de vida, família, trabalho, doença e velhice.
Ler este livro significa aprender com experiências de pessoas anônimas que acertaram ou erraram ao longo da vida e, ao final dela, refletem sobre o que foi e o que poderia ter sido. As histórias, narradas na primeira pessoa, com comentários da autora, relatam casos de superação e conquista.
Wendy, em seu trabalho por mais de duas décadas em asilos, sempre acreditou que seus pacientes eram pessoas privilegiadas, com muitas histórias para contar. As experiências foram divididas em 11 capítulos sobre a arte de viver bem, tempo, espiritualidade, casamento, estar triste, trabalho, doença, fragilidade, boa conduta, arrependimento e velhice.
O conjunto de belas histórias foi extraído de seu extenso diário de trabalho. As mais emocionantes são as de homens e mulheres que, ao final da vida, mantiveram o espírito jovem, cheio de esperança e alegria. Pessoas que apenas ficaram mais velhas - mas preservaram a energia e a alegria de viver. Como conclui a autora: "Acho que você verá, como eu vi, que não há nada mais doce do que poder viver o meio da vida com perspectiva do fim".