"(...)Inimigo público número 1 do meio-termo, da mesmice gustativa, Waly é uma verdadeira montanha-russa de grossura e de finesse, indo das baixarias de botequim a suprema limpeza do construtivismo de Maliévitch. Sua figura é a hipérbole. Provocateur, scandaleux, Waly é um leão, um tyger-of-wrath. Filho de Xango, o deus que se acende na chuva, mas também o senhor das línguas e das linguagens, senhor dos códigos, Waly é o leitor de Rimbaud e Nietzsche circulando pelo morro do Estácio, da Mangueira, ou em meio aos tambores sagrados do candomblé ("atabaque", de resto, é palavra de origem árabe).(...)"
[texto de Antonio Risério na orelha do livro.]
Poemas, poesias