A Cidade dos Milagres

A Cidade dos Milagres Christian Gurtner


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A Cidade dos Milagres





“Mistério e ação transformam uma visão crítica do mundo em uma emocionante leitura.”



Com sua apurada, porém quase romântica visão sobre a sociedade no âmbito da natureza humana, Christian Gurtner escreve sua primeira obra: A cidade dos milagres. As personagens parecem seguir seus destinos, tendo como única direção as coincidências que fazem desdobrar seus caminhos. Com uma narrativa quase cinematográfica, seu estilo de escrita intercala a velocidade com breves pausas para respiração. Ação e mistério convidam o leitor a se juntar às venturas e desventuras das personagens. Com uma crítica ácida à sociedade e aos valores humanos, Christian inaugura sua obra num trabalho cuja temática polêmica é perpassada pela linguagem lúcida de um grande escritor.



(Luciano Vivacqua)



Ao passar as páginas de A cidade dos Milagres, o leitor terá a oportunidade de conhecer Dom Aligneri, protagonista de uma aventura insólita e deveras cinematográfica, que passa de assaltante à guru num piscar de olhos. O imaginário dessa personagem pode ser concebido, simbolicamente, como uma verdadeira crítica à condição humana frente à sociedade contemporânea. Vemos em suas ações uma certa utopia que o faz nadar na contra corrente de tudo o que é imposto pelo sistema. Temos, dessa maneira, um romance repleto de críticas sagazes ao sistema, assim como um triller de ação de tirar o fôlego, desde explosões em bancos, até diálogos de cunho social onde a política é posta como o problema essencial dessa sociedade.



“(...) A eletricidade da casa fora cortada, ficando tudo escuro, e de repente fortes luzes vindas de fora se acenderam seguidas de tiros que começaram a perfurar todas as paredes, quebrar janelas e destruir móveis. Todos se levantaram e ficaram desesperados.



No Vaticano, o Papa rezava uma missa e pedia a união dos países e das pessoas para acabar com a miséria do mundo.”



Christian Gurtner utiliza uma linguagem que, em certos momentos, nos faz lembrar as técnicas de montagem cinematográfica, na qual as imagens são coladas e intercaladas de maneira à enriquecer a significação da narrativa. Por exemplo, enquanto um acontecimento localizado é mostrado, um leque de outros acontecimentos mais gerais se abre e se junta intercaladamente ao texto, o que ocasionalmente funciona também como o olho de uma câmera que, rapidamente, nos mostra imagens que se fundem à história. Essa técnica permite também que haja, no texto de Gurtner, um contraponto entre a rapidez da lente e uma narrativa quase em câmara lenta, enquanto o leitor tem uma gama maior de sub-textos para codificar.

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Resenhas para A Cidade dos Milagres (4)

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Conciso
on 1/7/10


Me surpreendi como em poucas páginas e numa estória simples, Christian Gurtner conseguiu abordar a visão que ele e muitos de nós temos da sociedade. Dizer que a estória é simples não é de forma alguma uma crítica negativa, muito pelo contrário. Dou este adjetivo pela concisão do autor. O livro prende o leitor, que durante muitos momentos pode se pegar julgando quem está certo ou imaginando se faria igual ao personagem Dom. Recomendo a leitura desta obra.... leia mais

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PHSG
cadastrou em:
28/01/2010 14:56:05

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