Para explicar sua insistência na esperança, diz Howard Zinn, seria preciso escrever um livro. Ao descrever sua vida, o autor faz uma radiografia da sociedade note-americana a partir da década de 1920, mostrando como mesmo quando um sistema racista impõe separações, insurgências espontâneas são capazes de desmontar o preconceito institucionalizado; como mesmo quando uma ordem política decide entrar numa guerra sanguinária, existe o apelo à razão; como mesmo quando o poder dominante parece ter se sedimentado, existe resistência. Há uma tendência em crer que o agora é o que virá a ser, mas este livro é uma lembrança vívida de que diversas vezes o mundo foi surpreendido por instituições subitamente a ruir por radicais e impressionantes mudanças nas consciências.