Viola caipira, folhetos de cordel e a capacidade de superação das pessoas portadoras de deficiências, paixões antigas de Fábio Sombra, serviram como inspiração para A lenda do violeiro invejoso, seu primeiro romance dirigido ao público jovem.
Como sempre foi fascinado por narrativas de pelejas e desafios entre violeiros, porque vê neles uma forma civilizada de duelo em que o vencedor não precisa fazer uso da violência, e sim de sua habilidade com as palavras e rapidez de raciocínio, decidiu que não fugiria deste universo para contar e ilustrar a história do jovem Marcolino Brás. Marcolino e Balbino são gêmeos, órfãos, e foram criados pelo padrinho, mestre Juvenal, o maior cantador de todos os tempos. Marcolino, no entanto, sempre demonstrou capacidade superior à do irmão.
Consumido pela inveja, aos 12 anos, Balbino vende a alma ao Diabo em troca de talento. Mestre Juvenal descobre o negócio do afilhado e o expulsa de casa. Antes de partir, numa briga, ele rouba a luz dos olhos do irmão. Marcolino agora está cego. Alguns anos depois, Juvenal pede a Marcolino que vá correr atrás de Balbino, a fim de detê-lo em sua maldade. Marcolino acaba chegando ao Reino de Barabu, um reino encantado escondido no meio do sertão brasileiro, onde Balbino está. Lá, após muitas empolgantes peripécias, acontece a disputa em versos entre os irmãos, que marcará a vitória do bem ou do mal. E como termina a história? Basta lê-la até o final!
Animado com a experiência, Fábio Sombra tem muitos outros projetos ligados à literatura infanto-juvenil. Marcolino, por exemplo, ganha uma trilogia, que começa com A lenda do violeiro invejoso. O autor já está trabalhando na segunda história, A rabeca encantada. Em todos eles, quatro mensagens essenciais que não podem deixar de ser assimiladas por seus jovens leitores: os bons sempre triunfam sobre os maus, a inveja não leva a lugar algum, é possível vencer apesar de qualquer limitação e nada substitui o talento.