Na França de 1510, uma jovem foi queimada nas fogueiras da Inquisição como bruxa. A acusação partiu de uma das mais prestigiadas famílias de uma pequena aldeia ao sul do reino. A alegação mais forte contra Hélen era o seu gato preto, um animal de estimação comum para aquela gente humilde. O verdadeiro motivo: a mãe do rapaz com quem pretendia se casar não a aceitava como nora por ser muito pobre e não se encaixar no círculo social da família. A Igreja, fiel aos colaboradores mais nobres e abonados, sequer fez menção de investigar a veracidade da acusação contra Hélen. Usando os métodos comuns àquela época, caluniou, torturou e matou todos os parentes próximos da ré a fim de confirmar a história. Depois, o próprio padre inquisidor aplicou a pena capital, utilizando-se de uma tocha. Uma impressionante reviravolta na vida de todos os envolvidos com o caso inicia-se enquanto o espírito imortal da jovem fica dividido entre o amor e o ódio.