No fundo da floresta amazônica, ao som do murmurejo do rio Uriracoera, nasce Macunaíma, o herói do povo brasileiro. Entre amuletos perdidos, máquinas que são como deuses e um gigante comedor de gente, esta edição da Antofágica conta com apresentação de Antonio Fagundes, e ilustrações de Camille Sproesser, posfácios de Tom Zé e Cristino Wapichana, entre outros.
Filho da índia tapanhumas e do medo da noite, Macunaíma, um menino astuto e preguiçoso, logo se torna homem e vai com os irmãos para a agitada São Paulo. O herói também corre o país todo em fugas inveteradas e inventa lendas e costumes que permanecem até os dias atuais na cultura do país.
Como seu protagonista homônimo, Macunaíma, o herói sem nenhum caráter é um romance em constante transformação. Publicado pela primeira vez em 1928 o livro pinta um Brasil antropofágico de si mesmo, baseado em mitos de povos indígenas da região amazônica e com um extenso vocabulário regional.
Em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, a Antofágica revisita essa obra-prima da literatura brasileira. Com ilustrações de Camille Sproesser e apresentação de Antonio Fagundes, a edição também conta com posfácios do músico e compositor Tom Zé, do historiador e doutor em Literatura Frederico Coelho (PUC-RJ), das antropólogas Virgínia Amaral e Aparecida Vilaça (Museu Nacional – UFRJ) e do premiado músico, escritor e diretor indígena Cristino Wapichana.
EXTRA: Ao escanear o QR Code da cinta, o leitor tem acesso a duas videoaulas sobre o livro com Pedro Fragelli, doutor em Letras pela USP com pesquisa de pós-doutorado em Mário de Andrade. A primeira aula deve ser vista em um momento anterior à leitura, e a segunda, após a experiência do livro.