Os poetas sabem das coisas, e Diego Fernandes é um menino poeta. Descobriu o gosto de brincar com as palavras e delas extrair verdades consistentes. Mas ele escreve com leveza, porque tem o dom de evangelizar pela força da ternura.
Ele anda se desdobrando na bem- aventurança de rabiscar o mundo com palavras evangélicas, que soam em nossos ouvidos de forma tão atual. Diego aceitou o desafio de expor as possibilidades e as precariedades do amor. Ousou demonstrar que o amor, essa faca de dois gumes, pode fazer crescer, como pode machucar.
[...] Diego resolveu expor seu coração. Não é possível falar de amor sem antes passar pela experiência de ter essa adaga cortando- lhe a alma. Só as almas cortadas pela lâmina do amor poderão viver a cicatris que nos identifica como amantes da vida.
Este livro é feito para quem já sabe tudo isso, mas é também para quem ainda não aprendeu. Para quem sabe, porque é sempre bom saber de novo. E para quem ainda não aprendeu, porque é sempre bom encontrar a novidade, e com ela aprender.
Que seja assim. Que na linguagem deste menino, que tem sotaque do sul do país, nós possamos redescobrir a graça de nortear nossos amores, desafiar nossos temores, e seguir pela vida, amando, morrendo e ressuscitando.
Ninguém ama sem morrer um pouco, mas ninguém é amado sem ressuscitar também. [...] Só o amor pode nos movimentar para a eternidade. Que essas palavras tão cheias de sabedoria sejam um remanso a nos conduzir.
Com carinho, benção e desejo de alegrias, Padre Fábio de Melo.