Subdesenvolvimento e revolução

Subdesenvolvimento e revolução Ruy Mauro Marini




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É para nós motivo de imenso orgulho iniciá-la com a publicação do livro “Subdesenvolvimento e revolução”, do mineiro Ruy Mauro Marini (1932-1997), publicada originalmente no México em 1969 e que ganhou sucessivas edições em muitos países sem, contudo, jamais ter sido publicada em nosso país.

Não restam dúvidas da estatura intelectual de Ruy Mauro Marini e sobre a importância de sua obra, mesmo que ele tenha passado grande parte de sua vida no exílio, iniciado em 1964 e concluído somente vinte anos depois. Conhecido na Europa, nos Estados Unidos e portador de imenso prestígio nos países latino-americanos de fala hispânica, Ruy Mauro permaneceu durante duas décadas como um autor desconhecido para as novas gerações que frequentaram a universidade durante a ditadura (1964-1985). Com o início do regime democrático muitos esperavam que o país pudesse começar não somente um regime de plena liberdade que se revelava necessário, mas, sobretudo, uma renovação intelectual que finalmente não ocorreu. A razão principal do bloqueio à renovação intelectual foi a hegemonia liberal dominante durante o período da “transição democrática” controlada pelas classes dominantes locais e monitoradas com particular atenção por Washington. Neste contexto, a vida universitária e intelectual do país seguiu seu curso normal, ou seja, com raras exceções – na verdade raríssimas – a maior parte dos intelectuais festejados no campus e na mídia eram – agora ninguém mais pode negar – os intelectuais da ordem (tanto à esquerda quanto à direita do espectro político!). O radicalismo político – tão necessário nos países subdesenvolvidos e dependentes – foi derrotado pela ditadura e, no mesmo movimento, o controle da rebeldia intelectual impediu que a divulgação desta extraordinária tradição teórica da qual Marini era protagonista de primeira linha tivesse a merecida divulgação entre as novas gerações e no interior das organizações das classes subalternas. Enfim, o programa de pesquisa sobre o subdesenvolvimento e a dependência jamais foi levado efetivamente a sério no Brasil e, quando estudado – impossível ignorar – a hegemonia liberal-burguesa representada por Fernando Henrique Cardoso e Celso Furtado, para dar os exemplos mais evidentes, foi completa.





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