Quando André Breton lançou o Manifesto do surrealismo, em 1924, um irreverente grupo de escritores aderiu de imediato à proposta de uma criação artística concebida como "puro automatismo psíquico". Seguindo o exemplo da palavra escrita, logo a pintura se deixou contaminar pelo clima de estranhamento e imprevisibilidade dos sonhos, e, em breve, novas formas de construção plástica passaram a vir à luz - como os fabulosos frottages e colagens de Max Ernst ou os enigmáticos "objetos surrealistas" de Dalí. Graças a Luis Buñuel, Antonin Artaud e outros, o cinema e o teatro também não ficaram de fora, dando início a novas concepções de imagem e narrativa que, mais tarde, afetariam a fotografia, a moda, o design, a televisão e a publicidade.
Este livro narra, passo a passo, a aventura de Breton e seus companheiros - uma aventura que se desenvolve, literalmente, nos limites da imaginação.