Troco Poesia Por Dinamite

Troco Poesia Por Dinamite Barata Cichetto




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"A sensação que tive ao terminar de ler “Troco Poesia Por Dinamite” foi a mesma que alguém deve ter após sobreviver a um intenso bombardeio. Ou a atravessar um extenso campo minado e conseguir chegar do outro lado razoavelmente intacto. Porque a poesia bélica de Barata Cichetto é semelhante a um míssil cortando a noite anestesiada e explodindo no centro do comodismo mental e comportamental que tão bem caracteriza este irritante e retrógado começo de século XXI. Localizar a constelação onde se encontra a poesia de Barata não é uma tarefa fácil. É claro que ouvimos aqui e ali as vozes rumorosas de Marques de Sade, que os vultos de Rimbaud e Baudelaire sobrevoam um ou outro poema e que as presenças físicas de Lou Reed e Patti Smith em diversos momentos do livro os tornam influências explícitas. Mas a poesia de Cichetto vai além das suas influências e inventa uma constelação própria que ele próprio define: “Da sujeira sou o bardo e carrego imundice na mente/Sou poeta sujo e da sujeira é que carrego a semente/Minha poesia é imunda, fede bosta e quero sujeira/Feito o porco chafurdando na merda à sua maneira.”“Troco Poesia Por Dinamite” mostra um poeta intenso e íntegro e uma poesia obcecada por poesia, sexo, morte, marginalidade e escatologia. E o cenário onde flutuam estas obsessões neuróticas, eróticas e mórbidas é a cidade de São Paulo, outra obsessão de Barata Cichetto. No desconcertante poema “Roteiro para filme pornô”, por exemplo, o poeta descreve um casal que pega o metrô na Estação Barra Funda e vai transando até a estação terminal de Itaquera “Artur Alvim, tua boca no meu pau e usuários de bocas abertas/A surpresa só é boa demais quando acontece nas horas incertas/ E antes de chegar no que seria o fim de uma trepada seminal/ Gozei na tua cara antes do trem chegar a Itaquera, a terminal”. “Troco poesia por dinamite”, por fim, exibe uma poesia vigorosa, destemida e absolutamente atemporal e atual: “Porque a minha poesia é escrita com gosto/Eu não gosto de quem escreve por desgosto” clama Barata em “Desgosto e desgosto”. Atesto: é verdade. - Ciro Pessoa, Músico, Poeta, Poeta. Cofundador da banda Titãs e criador da Cabine C.





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