Ensaio Sobre a Cegueira

Ensaio Sobre a Cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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letisia 16/05/2024

Inebriante, como sempre
Nunca me esquecerei deste livro, e acontecerá o mesmo com quem por aí lê-lo. que sorte tenho de relê um dos meus livros favoritos. que sorte tenho de ler saramago, em sua mais linda magnitude.
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Ana 16/05/2024

Forte
Digo ?forte?, porque me faltam palavras para descrever este livro. Havia visto o filme, que me deixou uma fortíssima impressão. Arquivei-o na memória com medo. Houve a pandemia e não tive coragem de lê-lo, na época. Agora, por ocasião das enchentes no RS, algo me moveu para essa leitura, pois sabia o quão forte, contundente, visceral é este livro. O quanto conecta com o sofrimento humano. Li-o. Com dor, ânsias, misturas de sentimentos. A que ponto chega a humanidade quando todos os códigos, leis, ordem são derrogados? O que somos capazes de fazer para mantermo-nos vivos? Por um pouco de comida? Quando só sobra o animal que existe em nós, tentando sobreviver? De que valem os conhecimentos e a civilização? Um livro que amedronta, choca, causa náuseas, mas sobretudo nos põe a refletir. Que possamos suportar os ?males brancos? que venham a se abater sobre a humanidade e que nunca percamos o que verdadeiramente nos caracteriza como criaturas pensantes, racionais e dotadas de sentimentos. Enfim, verdadeiramente humanos.
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Gabrielli.Budart 16/05/2024

,,,,,,,,,,
Quando as pessoas falam que esse livro é difícil de ler, eu imaginava que seria por conta da escrita do Saramago, de texto corrido, usando quase somente a vírgula. Mas não, é a narrativa que se desenrola e que cada vez mais é quase intragável. Mas o que mais assusta nesse livro é o quão verossímil ele é, escancarando que a humanidade é, muitas vezes, desumana. Ao longo da leitura eu percebi como eu estava sendo ingênua (e cega).

Enfim, acho que entrou pros meus livros favoritos, li ele junto com A Rosa do Povo, do Drummond e sem querer eles tem temas que se entrelaçam.
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alisson 15/05/2024

Cegos que, vendo, não vêem
Eu gostei mais dessa história do que eu imaginei, de início fiquei empolgado com um ensaio sobre a cegueira, e quanto mais eu lia mais essa empolgação aumentava, pô, muito maneiro como o José quis representar a cegueira generalizada no livro, todo o processo disso e como as relações humanas se tornaram por causa dessa adversidade, causando assim, em minha visão, um pouco mais delas sendo elas mesmas, ou seja, a sua essência em si, acaba sendo curioso de ler
la perto do final comecei a achar o livro meio enrolado, mas ainda assim é bom demais, vale a pena ler
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annekatl 15/05/2024

Não tenho palavras suficientes para descrever o que eu acabei de ler. esse livro é um sentimento. antigo e extremamente atual. preciso de um tempinho pra digerir
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SoftgS2 14/05/2024

Nós que enxergamos também somos cegos
A forma como esse livro é escrito é bem divertida de ler, parece na vida real quando seus pensamentos se misturam em uma conversa com outra pessoa, é uma leitura fluída e rápida depois que você pega o jeito. Esse livro não fala da cegueira de onde ela veio, como as pessoas cegaram etc. mas sobre a humanidade, a maneira de como o autor narra a podridão você se pergunta como que aqueles cegos poderiam aguentar tudo aquilo, principalmente a mulher do médico que além de sentir aquilo tudo podia ver os horrores.
Em muitos momentos do livro ele pareceu tão real como se aquilo pudesse ter acontecido, coisas que você jura por tudo que nunca iria fazer você faz, a pessoa que você era já ficou no passado, você e as pessoas agora são outras pessoas.
Mas apesar disso, em meio a tanta desgraça você consegue recuperar um pouco de humanidade, mesmo sofrendo as consequências de tê-la
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cammealves 13/05/2024

Aquele para refletir cada página e mergulhar em êxtase
Terminei há pouco a leitura mais difícil que fiz esse ano. Difícil não pela escrita, que é bem fluida e prende com facilidade. Uma escrita detalhada e rica em reflexões e descrições, tanto do mundo visível quanto daquele que apenas ao coração e possível enxergar.

Mas é uma leitura difícil porque o autor não mediu esforços para narrar a decadência e depravação da humanidade.

Desde o princípio da narrativa o autor já deixa claro que a humanidade está em xeque; que o desenrolar da trama apenas revelará que aquilo que tememos se concretizará. Tudo acontece em câmera lenta, e é possível sentir na pele em arrepio os atos medonhos de que são capazes os seres humanos.

À parte as imundices óbvias que o autor já deixa à superfície, sua forma de narrar a história faz a imaginação se perder entre os personagens e sofrer com eles.

E, quando menos se espera, um riso nos encontra entre páginas com uma situação ou outra que o autor coloca que maneira tão sagaz. Na simplicidade do horror, nos faz rir.

Uma das características que mais gostei foi que o autor colocou a todos em pé de igualdade no momento primeiro da história, e que vai se mostrando persistente até o fim, não deu nome aos personagens, deu a eles títulos de identificação: ?o médico? ?o primeiro cego? ?o rapazinho estrábico? ?a rapariga dos óculos escuros? ?a mulher do médico?. O nome para eles deixou de ser importante, tanto que ao fim, sequer se prenderam a apresentações, já se conheciam.

Assim como a cidade, o estado, o país não são relevantes. Me fez pensar que pouco importa o lugar, estamos todos vivendo da mesma forma, deixando de ser humanos da mesma maneira.

Ainda farei uma resenha mais detalhada para mim, porque esse livro despertou reflexões demais e profundas demais para eu conseguir organizar em tão poucas linhas.

É aquele livro que, sem dúvida alguma, deve ser lido por todos e por todos discutido, debatido, dilacerado, virado de baixo à cima e de cima à baixo.

Me despertou reflexões sobre a humanidade e como precisamos compreender que não podemos mais viver nos desfazendo uns dos outros e da natureza como temos feito há tantos anos e sem qualquer previsão de mudar no futuro próximo.

A cegueira de que trata o livro, a estamos vivendo hoje, apesar de não estamos por aí todos a tatear as mãos à frente do rosto porque estamos mergulhados em um mar branco, estamos cegos para as coisas que realmente importam. Estamos cegos para os outros. Estamos cegos para as atrocidades que se fazem em nome de deuses, em nome de governos, em nome de si.
annekatl 16/05/2024minha estante
vc disse tudo oq eu penso




Anthoni.Brunetto 12/05/2024

Ensaio sobre a cegueira
Ensaio escrito por José Saramago, em que o escritor mergulha nas profundezas da natureza humana e da sociedade.

Trata-se de uma obra magistral em que Saramago usa a metáfora da cegueira para explorar temas como a corrupção, a violência e a fragilidade da civilização.

A narrativa perturbadora nos confronta com questões morais e existenciais, questionando nossa humanidade e nossa capacidade de empatia.

A escrita única de Saramago, com suas longas frases e falta de pontuação, intensifica a sensação de desorientação e desespero em que os personagens foram submetidos.

No final, "Ensaio sobre a Cegueira" não apenas nos deixa com uma reflexão profunda sobre a condição humana, mas também nos lembra da importância da solidariedade e compaixão em face da adversidade.

Apesar da crueldade de algumas pessoas, existem outras que demonstram compaixão e empatia mesmo em dificuldades extremas.
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Perdid numa página 11/05/2024

?Penso que não somos cegos, penso que estamos cegos?
Em um dia comum no trânsito, um homem, de repente, para de ver, em sua frente só há branco, branco como o leite. Assim se iniciou a epidemia do mal branco, houve o primeiro cego, depois o oftalmologista do primeiro cego, um paciente que estava na sala de espera do consultório em que o primeiro cego foi atendido e assim por diante.

A primeira alternativa do governo foi instalar uma quarentena, levaram os cegos e os possíveis contagiados para um antigo manicômio vigiado pelo exército. Os deixaram lá, a viverem cegos que eram, com comida de vez em quando e dignidade de vez em nunca.

Dentro do manicômio logo de início foi tudo virando sujeira, os cegos não sabiam se limpar, não sabiam se trocar, não tinham como ter vergonhas e delicadeza pois ninguém os via. Mas, na verdade, alguém os via. A mulher do médico, por um incrível milagre, acabou por não cegar, pelo contrário, fingiu estar cega para ficar com o marido e foi a única que pode testemunhar o que o mundo virou após a cegueira.

Instalou-se o caos, brigas por comida, por água, todos se perderam de suas casas, de suas famílias, o dinheiro não importa, os carros não importam, nada mais importa a não ser a sobrevivência. Os seres humanos acabam por viverem como animais, estariam todos cegos por não verem, ou por não quererem ver? Este, além de outros, é um questionamento que este livro traz, além de refletir uma mudança drástica como sociedade, também te faz sentir pânico, nojo, medo e ansiedade.

Está história contada sem nomes, sem pontuação convencional, só contada. Se lê meio que adivinhando quem está falando, quem está perguntando, quem está respondendo. Afinal, como mais poderia ser narrado um diálogo de cegos? Já pensou como seria ficar cego? E se o mundo todo cegasse, como seria?

Se não podemos viver como humanos, pelo menos que não vivamos como animais.
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Greice.Alana 10/05/2024

Gostei
Leitura pesada, tanto no conteúdo quanto na escrita. Os primeiros 30% me prenderam bastante. A escrita é difícil de ler e precisa estar bem concentrado pra não perder frases importantes.
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Sthéfane 10/05/2024

A candura que cega e os olhos que vêem
[...] pelos movimentos da boca percebe-se que repete uma palavra, uma não, duas, assim é realmente, consoante se vai ficar a saber quando alguém, enfim, conseguir abrir uma porta, Estou cego.
Ninguém o diria.?

Escrever sobre Ensaio Sobre a Cegueira pode ser descrito como igualmente difícil à sua leitura.

Uma escrita densa, com poucos parágrafos, sem indicativos diretos na fala das personagens e principalmente com conteúdo intenso, difícil de digerir quando atingem seu clímax. Aliás, algumas partes tidas como ?banais?, sem necessariamente serem o ápice da cena, já são penosas de ler.

No entanto, acredito eu que, se o livro te causou essa sensação, Saramago alcançou seu objetivo. Bom... não é à toa que é o Nobel de literatura de seu ano, já que o autor tece uma crítica forte nestas cenas pesadas e desconfortáveis ao decorrer do livro.

Ao mesmo tempo que é uma leitura carregada, é absurdamente prazeroso acompanhar os acontecimentos vividos por aquele grupo, cuja verdadeira doença não é aquela que eles acreditam afligi-los durante a obra, mas sim, aquela à qual eles conviviam todos os dias, mas já estavam habituados, ou cegos, para problematizá-la.

Eu nunca havia lido nada parecido em toda minha vida, até hoje não li e após um tempo percebi como ele utilizou um exemplo tão recorrente do dia a dia, e discorreu sobre algo tão obvio, que em minha mente, já poderia ter sido escrito há anos, muito antes de José Saramago, mas que, no entanto, nunca alguém o havia pensado. E a ironia está aí, o que justifica a falta de denúncia de algo tão óbvio dessa forma, é, exatamente, a alusão utilizada no romance: a cegueira, que faz com que normalizemos o pior que uma pessoa pode revelar sobre o comportamento humano. E é isso, é um livro principalmente sobre comportamento humano.

Eu o recomendo menos por ser um Nobel, mas principalmente devido à essa sensação causada no leitor. Ainda falta muito o que ler em minha vida, mas creio que poucos, quiçá nenhum outro livro, me causará essa sensação de repulsa ao mesmo tempo que não me surpreende, haja vista que, a cegueira, na verdade, já nos contaminou há muito tempo.

?[...] Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem.?
Badlagirl 10/05/2024minha estante
Difícil escolher um, mas com certeza esse está entre os meus favoritos de Saramago .


Sthéfane 10/05/2024minha estante
eu infelizmente li apenas esse, mas as intermitências da morte e o evangelho segundo jesus Cristo com certeza estão na minha lista...




Viviane 09/05/2024

Ensaio Sobre a Cegueira
Um livro que me surpreendeu. Me fez pensar a cada página, refletir sobre a natureza do ser humano. No fundo acredito que todos nós temos um pouco de cada personagem da trama. Somos uma mistura de sentimentos, de coragens e medos, de certezas e dúvidas.

A escrita de Saramago é algo peculiar, mas não é difícil de se adaptar. Um livro que, na minha modesta opinião, todos deveriam ler e refletir.
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Kevla 09/05/2024

Um dos melhores livros que já li
Por vezes é um soco no estômago, no estômago vazio! Vale a pena cada minuto destinado a essa leitura.
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clara. 09/05/2024

Genial e inusitado,sem dúvidas
Vejo muito gente falando que a forma que foi escrito faz a história parecer confusa e em certos momentos foi mesmo mas julgo que o autor quis de alguma forma passar a desorientação dos cegos ao não colocar mais pontuações, separação de parágrafos e números de capítulos, achei inusitado o mal branco e me vi completamente chocada, nauseada e revoltada com os acontecimentos dessa história, mais pro final do livro fiquei com a sensação de que ele tava enchendo linguiça e que o livro não acabava nunca mais enfim terminei e foi um livro bom.
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Paulo.Diniz 09/05/2024

Gostei muito. A temática do livro chama a atenção pra leitura, e o desenvolvimento da história é bem feito, instigando a sempre ler mais para saber o desfecho. Além disso, o livro causou um certo incômodo, provavelmente por mostrar a parte horrível da natureza humana quando não há leis ou "ninguém olhando".
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