Silvestre

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Resenhas - Silvestre


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Marcelo Rissi 29/12/2022

Sombrio, enigmático e, em certa medida, perturbador.
Sou padrinho da página de literatura Ler Antes de Morrer, da Isabella Lubrano, projeto no qual acredito e, justamente por isso, com ele contribuo.

Duas vezes ao ano - em julho e em dezembro -, a Isabella envia livros de presente aos padrinhos. Os títulos são surpresas (ela apenas pergunta antes, por e-mail, o gênero que o padrinho deseja receber).

Dessa vez, decidi mudar um pouco. Escolhi algo no gênero de Graphic Novel (história em quadrinhos), inclusive depois de ouvir tanta coisa positiva sobre esse segmento num clube de leitura de que participo.

O presente chegou ontem: Silvestre (Wagner Willian). Hoje, terminei a leitura.

Esteticamente, o material é de capricho incomparável: livro com capa dura, envolto num box e com um pôster de brinde. Trabalho primoroso

As imagens dessa história em quadrinhos beiram a perfeição.

Quanto ao conteúdo da obra, meu resumo, em poucas palavras: sombrio, enigmático e, em certa medida, perturbador.

É evidente que eu não captei toda a complexa mensagem. Não na sua inteireza. Aliás, penso que esse aspecto misterioso é da própria essência da obra. Objetivo, por certo, do autor.

De todo modo, por diversos motivos, a leitura resgatou à minha memória, em várias passagens, uma frase que li uma vez, que diz mais ou menos assim: ?A Terra é morada para todos. Cuide bem de todo mundo?. Essa frase é ilustrada por uma imagem, em desenho, de uma menina junto com diversas espécies de animais, todos num pacífico convívio. Confesso que gostaria de reencontrar essa imagem/frase.

Gostei muito de conhecer outro segmento, fora do meu habitual, e pretendo me aprofundar nesse gênero.

Recomendo a leitura.
Laís Maria Guilherme de Almeida 04/01/2023minha estante
Fiquei com vontade de lee


Laís Maria Guilherme de Almeida 04/01/2023minha estante
Ler*


Marcelo Rissi 05/01/2023minha estante
Tenho certeza que você vai gostar, Laís. Depois me conte o que você achou!!




Pablo Paz 08/05/2022

Silvestrando...
Um velho vive isolado nas florestas de alguma selva, ruminando algumas caras lembranças do passado (como a falecida esposa). Em sua cabana, ele é visitado por seres míticos do folclore brasileiro e mundial (animais falantes, espíritos ameríndios, mula-sem-cabeça, baba yaga etc.), com os quais conversa, bebe, come torta, mas não sem atritos, afinal, ser visitado por tantos seres ilustres ao mesmo tempo só pode gerar embates.

Só tenho elogios à arte, aos desenhos e ao seu projeto editorial. Mas quanto ao roteiro, o autor parece não ter muita firmeza se pretende um texto mais narrativo ou poético. Com "mais narrativo" quero dizer que, para mim, faltou um pouco mais de lógica ao explorar as personagens folclóricas e fazerem-nas conversarem entre si. O roteiro tem uma forte influência da poesia (neo)concreta, com o intuito de fazer com que imagens e texto dialoguem, formando um todo coeso, numa espécie de fusão. Nesse ponto achei que a "proposta" se perdeu no caminho porque a fusão ficou um pouco confusa com alguns textos desnecessários... As imagens e ilustrações são tão belas e se sustentam por si mesmas que os efeitos pretendidos pelo texto poético (poesia concreta) não funcionam. Ficou uma escrita muito carregada.

Mas no todo a obra é muito criativa e merece mais elogios do que ressalvas. É uma ótima HQ. Tanto para ter quanto para presentear.
Ana Sá 10/05/2022minha estante
Esta capa é linda!!


Pablo Paz 10/05/2022minha estante
Demais, Ana! Foi um dos motivos para eu comprá-la.




grazi 25/03/2022

?Selvagem, belo, bizarro, visceral?
O livro conta de forma poética a história de um caçador viúvo que vive sozinho na floresta, enfrentando as "pedras" dentro de si. Certo dia, o homem atraiu inúmeros seres de lendas folclóricas com o cheiro de sua torta. Estando todos reunidos na residência do caçador, o que se segue é pura selvageria.

Cada página do livro evoca sentimentos intensos. A combinação da poesia, das cores, das imagens e da fonte usada nos diálogos impactam muito no momento da leitura.

Acredito que é uma leitura muito pessoal, pois cada indivíduo interpretará de acordo com o seu contexto social e cultural. Para mim, o autor brasileiro provocou diversas reflexões, principalmente, ao expor a relação do homem e da natureza, em um cenário cheio de vida, morte e sangue.
Cristiano.Cruz 01/04/2022minha estante
No seu comentário me lembrou de uma cena super importante: das pedras que nem um rio pode lavar.
E muito bem colocado é a subjetividade do texto, que como disse, pode conduzir para o bem ou para o mal, de acordo com sua construção empírica e cultural.




Joao366 03/09/2021

Silvestre
Bom, vamos lá
Eu não sei se eu não li direito, ou não sei o que houve mas no começo não tava entendendo nada, no fim piorou kkkk
As ilustrações são simplesmente perfeitas!!!!
Pretendo reler e ver o que perdi, pretendo ver resenhas e me orientar mais sobre essa história muito doida (no bom sentido).
Cristiano.Cruz 01/04/2022minha estante
Releia, caso continue sem entender, dê um tempo e depois volte para dar uma nova chance. Esta obra e você merecem.




Corvus 16/07/2021

Senhor! Sempre quis perguntar...
"Seu povo dá valor ao que tem, e quer sempre mais e mais. O meu dá valor ao que não pertence a ninguém, só pertence à Nyata, à terra, ao céu, ao rio... Nunca demais, nunca de menos. Mas seu povo quer extrair tudo da terra... E tudo dos outros até não restar mais nada. Não entende que, se pesca todo peixe na piracema, não terá mais peixe. Não se mexe um fio sem mover toda a teia. A Terra tem sua própria razão. Tudo é terra e sopro, fogo e chuva. Como manhã e noite... Uns vivem distante, outros mais perto. Mas todos aqui existem juntos! Nosso péka é o mesmo! Não seu Povo. Ele é arrogante e cheio de si, quer existir separado. Não divide e ainda quer que tudo seja igual a ele. Como é isso? Como pode ser igual se não divide?"
Cristiano.Cruz 01/04/2022minha estante
Soubera o Curupira com quem falava... algoz...?




Beatriz 22/06/2021

Silvestre e visceral
Que obra linda, as ilustras são magníficas, me prenderam muito! A história que as acompanham não é diferente, homem e natureza são retratados aqui de forma brutal. Além de trazer criaturas do folclore brasileiro de forma interessante e diferente de como elas são apresentadas. Um livro pra reflexão do nosso eu nesse mundo.
Manezera 23/06/2021minha estante
Quero ler esse




clayci 03/01/2020

Vale a pena conhecer a história
Ao começar a leitura, somos imersos em meio a ambientes naturais e de floresta, tudo para que experimentemos como seria a sensação de estar caminhando por uma. Cercado de animais silvestres, com predadores e presas por todos os lados, o tempo todo. O cheiro de terra molhada, o som do vento nas folhagens, os ruídos e também o silêncio da floresta. Tudo isso nos é apresentado. Mas também nos é apresentado o homem. Um ser diferente que teima ser o ponto fora da curva da natural.

O homem caminha e deixa sua marca. O homem interfere e age sobre a floresta e os ambientes naturais. O homem, repleto de selvageria, que a despeja toda de uma vez sobre a natureza. Esse tipo de homem que nos é apresentado também. A partir daí o autor começa a construir sua narrativa embasada em dois pilares: o da escrita concisa e o das imagens e figuras que comporão a transmissão de ideias que quer apresentar. Todavia, estes dois pilares se conversam, interagem e afetam um ao outro. Às vezes as imagens nos chamam mais a atenção, em outras, a escrita é o foco principal.

Além disso é preciso ter muita atenção nas mensagens que estão sendo transmitidas ali. A leitura pode parecer simples, ou até algo bobo, justamente por ter pouco texto. Mas são nessas estruturas minimalistas que mais precisamos prestar atenção. O conteúdo que carregam vai muito além daquilo que estamos vendo ali. Precisamos raciocinar, mas também ter olhos e sentidos apurados, muitas vezes tentar aplicar a compreensão da histórias por uma perspectiva de leis naturais.

Consequentemente perceberemos alguns contrapontos apresentados pelo autor, que no meu ver, seriam o ponto principal do conteúdo de Silvestre. Você certamente tentará compreender porque um homem idoso que vive isolado numa floresta está naquela situação. Você certamente tentará achar uma resposta racional para o fato dele receber tantas figuras estranhas, fantasiosas e sobrenaturais em sua casa. Bem como o porquê de estar dialogando com elas. E o pior de tudo será quando você chegar ao auge do livro e tentar compreender racionalmente o que está se passando e processar tudo aquilo que está vendo.

Estranho, não é? Mas foi assim que me senti lendo Silvestre. Ele te cutuca, ele busca seu lado natural, porque seu lado humano racional não conseguirá se encaixar ali. Você tentará organizar as narrativas, os capítulos e os diálogos. Buscará incessantemente por um sentido racional das coisas, e não irá encontrar. Isso poderá até te causar raiva ou então tamanho estranhamento que lhe faria querer atacar o livro longe ou fugir dele. Precisará parar para respirar.

Eu recomendo a leitura de Silvestre, mas recomendo também cautela. Não o deixe de lado se em algum momento lhe causar estranhamento ( e certamente o vai) e nem se lhe causar a sensação de que não faz o menor sentido. Procure esmiuçar as ideias, veja as coisas por um lado mais natural, das leis naturais e atente-se ao senhor idoso que mora isolado na floresta. A leitura poderá lhe mostrar muito mais do que apenas gravuras muito bem feitas e sketches impactantes.
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Gladston Mamede 16/01/2020

De cara, as imagens! Esqueça o texto e preste às ilustrações a devida atenção, para começar. É um livro de arte (as ilustrações foram pintadas em técnicas diversas e estão nas mãos de colecionadores; a capa é a reprodução de um quadro que está na capa de algum sortudo). São composições que nos furtam o fôlego. Foi onde ocupei mais minha leitura: as imagens e seus detalhes. Alguns mesmo fora da curva da história, como se apontassem alternativas. E a história? Insólita; afinal, é um Wagner Willian. Sua arte (plástica e literária) trafega na linha divisória de um neo-surreal e/ou um neodadaísmo. Nada sobra inteiro. Tudo descamba. Tudo se reduz ao mais elementar dionisíaco. Sim: o horror e o insólito e o bizarro que nos é tão implícito, tão potente e latente; enfim, tão humano. E ele delira, brinca, zomba e diz.
Ponto negativo? A forma e o tamanho das letras. Difícil de ler. Por vezes, torturam os olhos. Irritam. E muito. Não é uma edição carinhosa com o leitor neste aspecto.
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Pedro Carneiro 26/02/2020

Minha primeira leitura de graphic novels
O livro tem uma história bastante interessante, porém é um pouco confuso o modo de organização dos quadrinhos e o seu final me fez pensar em ler novamente para ver se realmente entendi!
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Bruno N. 29/02/2020

Sivestre
"Absurdamente estranho, animalesco... doentio. Um soco bem dado na boca do estômago".
.................................................................
"Silvestre" trabalho nacional de Wagner Willian publicado pelo selo Darkside Graphic Novel e com apoio da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.
???
Não sei se há a possibilidade de resenhar ou talvez seja fútil essa maneira para descrever o projeto do autor, ele é... Brutal!
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São pessoas loucas, somos nós humanos animais, as ações do homem são doentias quando ganânciosas, deuses são reais (eles permeiam a terra)... porque todo sacrifício parece ter um fim "puro"? Talvez, cada qual enxergue "Silvestre" de uma forma e a cada um lhe toca o seu lado mais obscuro, louco e reprovável. Ainda assim... não sei o que dizer desta obra ou como defini-lá.
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A arte do Wagner é confusa, estranha... agressiva. Um chafurdar no caos. Insano. Os rabiscos, os movimentos frenéticos, as cores. Os gritos. Os rugidos. O sangue. A morte. É tudo tão real e "docemente" dolorido e dramático.
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Nunca vi nada desse tipo em uma Graphic Novel, a arte em contraste com a narrativa (mensagens subjetivas... sublimares), um terror extremamente tocante, um medo palatável e indecifrável. Talvez, seja o melhor trabalho já publicado pela Editora Darkside Books nessa sua linha de Quadrinhos e no seu gênero terror. E, agora? Fico na expectativa do próximo trabalho de Wagner Willian.
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Greice Kelly 16/03/2020

PROFUNDO
?... recordações são como floresta fechada, criam um padrão e se tornam iguais.?

Eu já previa que iria gostar dessa HQ, mas não que mexeria tanto comigo. É uma leitura bastante confusa, filosófica, onde você tem que ler, enxergar e sentir de maneira profunda e bilateral. Pretendo logo logo fazer uma releitura, porém sinto que não absorvi tudo que a história tem a oferecer.
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tainota 23/05/2024

III. O apressado come cru
Uma HQ densa, com uma arte muito bem trabalhada, que passeia entre diversos materiais e estilos gráficos e conta uma premissa. a primeira vista simples, mas que se desenvolve de uma maneira bastante inesperada ao longo do livro. uma brisa eu diria
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Paulo 26/04/2020

Silvestre é uma experiência bem diferente. Wagner William nos coloca em um cenário no meio de uma floresta repleto de criaturas sobrenaturais as mais diversas ao mesmo tempo em que nos faz pensar sobre quem somos. Qual é a engrenagem que nos faz funcionar? O que é a real natureza humana? Em uma HQ linda e poética, ele passa do belo e magnífico ao grotesco e monstruoso em um piscar de olhos. Sem dúvida alguma foi uma das melhores HQs que saíram em 2019 e só prova o talento do autor. Daqueles quadrinhos que servem como vitrine para você curtir alguém e se tornar fã eterno.

Vou tentar falar um pouco sobre a história, mas acreditem que isso não será uma tarefa simples. Temos três narrativas que são interligadas e tem alguma sequência específica. Mas, é possível lê-las de forma independente. Na primeira parte, nos familiarizamos com aquele que vai ser uma espécie de protagonista da história, o caçador. Vemos sua rotina diária em busca de alimento e o quanto ele precisa se preparar e superar as dificuldades que são impostas pela mãe natureza. Esta pode ser bondosa e bela, mas também cruel e demoníaca. Os desígnios da natureza não são compreendidos pelo homem. A segunda narrativa começa com o caçador preparando uma torta que lhe foi ensinada por sua mãe. Quando a torta fica pronta todo tipo de divindade que tem a ver com a natureza chega na casa do caçador e ele procura repartir a torta com o maior número possível deles. Na última vemos uma inversão no que é contado na segunda história, e é uma espécie de orgia desenfreada de violência e sangue.

A arte do Wagner é linda. É preciso destacar que o Wagner é um ilustrador, então a maneira como ele concebe suas páginas pode parecer diferente do que você está acostumado. Ele enxerga as páginas como um todo e mesmo o letreiramento faz parte do cenário. Até o tipo de fonte que foi empregado naquele momento pode causar um efeito no leitor: uma letra mais correta implica uma pesquisa, algo manual denota um relato pessoal, uma letra macabra pode indicar um personagem com medo. A arte é pintada o que produz alguns efeitos magníficos. Mesmo páginas simples são obras de arte nas mãos do Wagner. Tem algumas páginas inteiras que são algo de outro mundo. Tem uma em especial lá pela terceira parte que mostra uma página inteira com vísceras que é arrepiante. Daquele tipo que te faz ficar horrorizado e maravilhado ao mesmo tempo em como ele foi capaz de fazer aquilo.

Algo importante de se destacar antes de passarmos aos temas abordados é em como arte e roteiro conversam entre si. Nos últimos tempos eu aprendi a curtir silêncios mais do que enormes caixas de texto. Admito que isso se deu muito por causa do Chabouté (leiam a minha matéria sobre Um Pedaço de Madeira e Aço) e a gente acaba aprendendo a ler mais os quadros propriamente ditos. A terceira parte é aquela que possui menos texto (em contraste com a primeira) e teoricamente passaria mais rápido. Me peguei passando minutos contemplando os quadros e retirando interpretações do que eu estava vendo. Ou seja, Silvestre é também uma HQ repleta de símbolos e metáforas. O roteiro conversa com a arte e vice-versa.

O ser humano está ilustrado na figura do caçador. Como se trata de uma HQ que trabalha muito os símbolos e as metáforas por trás deles, algumas interpretações são possíveis. Por exemplo, podemos especular que os três capítulos representariam o desenvolvimento da humanidade dos dias antigos até hoje. No primeiro capítulo o homem estaria descobrindo como dominar a natureza. Isso seria representado pelo caçador indo atrás da sua rara caça e ao longo do caminho ele vai nos mostrando pequenas lendas que representariam o conhecimento acumulado pelo ser humano até aquele momento. O segundo capítulo seria a era dos deuses quando os homens buscavam o favor deles de forma a alcançar benefícios. O ato de oferecer uma torta a eles representaria algum tipo de sacrifício ritual em troca do favor divino. Já o terceiro capítulo poderia ser interpretado de duas formas: ou representaria a vitória do monoteísmo sobre as religiões antigas (e aí o caçador poderia ser interpretado como o filho do Deus cristão) ou o crepúsculo dos deuses, quando o homem perde a fé nas divindades sobrenaturais.

Wagner pesquisou bem uma variedade de culturas, representadas por diversos panteões presentes na narrativa. Temos deuses védicos, pagãos, norte-americanos e até alguns representando a cultura brasileira como o curupira e a mula-sem-cabeça. Apesar do clima inicial de harmonia e união, logo reparamos como os deuses antigos não são nem um pouco amistosos. Algumas cenas bem estranhas vão se sucedendo uma atrás da outra e vão construindo o clima para o que viria a seguir. Não confundir os deuses representados pelo autor com seres amistosos e justos. Nesse sentido, temos toda a selvageria por trás de suas ações, ou situações que nem sempre saem como o esperado inicialmente. Alguns são malignos e cruéis, outros são trapaceiros.

Silvestre é um trabalho sensacional que eu só consigo encontrar uma palavra para descrevê-lo: visceral. E é isso o que vamos ver nas páginas que mostram o talento como pintor de Wagner Willian em que algumas cenas brilham com vida saída da tinta a óleo usada na composição delas. A narrativa exige um pouco mais do leitor e vai revelando detalhes e camadas que em uma primeira leitura não são tão perceptíveis. Mas, à medida em que nos sentamos e remoemos aquilo que foi lido, conseguimos fazer os links. Eu adorei o trabalho do autor e quero ler mais coisas dele.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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DaniBooks 11/05/2020

Silvestre
Silvestre é uma ode à Natureza. E também um alerta sobre a crueldade humana.

Plena de referências a folclores, lendas e mitos, essa HQ é uma obra gráfica que deixa o leitor embasbacado com a beleza das ilustrações, com o jogo de cores, com o jogo de significado x grafia das palavras, com a crueza da história.

Acompanhando um velho caçador, acompanhamos também como esse personagem, que representa a espécie humana, lida com a Natureza de forma desrespeitosa e cruel, menospreza e destrói tradições e cultura, é traiçoeiro e sorrateiro.

Uma obra de um autor brasileiro, cheia de significados, de experiências sensoriais e de temas relevantes.
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Danilo 08/07/2020

Visceralidade com conteúdo
Fiz a leitura dessa HQ (e/ou Livro Ilustrado)numa tacada só, pois a história é muito instigante.
Pelos materiais que andei vendo na internet, já ter lido outros trabalhos do autor tende a enriquecer a trama, mas é uma história fechada em si, portanto não ter esse background não atrapalhará em nada a leitura e o entendimento (ou melhor, interpretação) da obra.
O livro em determinado momento se torna algo catártico, não preciso dizer o que ocorre pois quem ler esta obra saberá exatamente de qual momento estou falando, e pelo fato de o autor se chamar Wagner, me veio à mente o Maestro Wagner, que compôs A Cavalgada das Valquírias, e olha, colocar esta música para tocar durante a leitura desse momento foi muito bom, fez o momento se tornar apoteótico.
A arte dessa HQ tem uma personalidade bem própria e condiz totalmente com a narrativa,apesar disso, me incomodou o artista ter pesado a mão no abstrato de algumas cenas onde os personagens executavam ações, isso me tirava da imersão em que eu estava na história para tentar compreender o que os personagens estavam fazendo em cena. Não é algo que vá prejudicar a experiência, mas eu gostaria de um pouquinho menos de poluição visual em certas passagens.
No mais, é com certeza uma obra que merece ser vista, literatura nacional que foge do nosso convencional e nos deixa muito instigados a querer saber mais sobre aqueles seres, aquela floresta, todo aquele universo.
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