Ortodoxia

Ortodoxia G. K. Chesterton




Resenhas -


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Arthur Peixoto 30/11/2023

Leitura muito difícil...
Sinceramente, não entendi nada direito deste livro. O autor escreve este livro em resposta a outro livro, o que faz o leitor ficar perdido, caso não tenha lido o livro que está sendo rebatido (que é o meu caso). Os capítulos são muito grandes e o autor muitas vezes se perde dentro do assunto, pulando de uma coisa pra outra. Enfim, não gostei muito, porque não absorvi quase nada do que ele queria transmitir.
comentários(0)comente



M. Lima 01/10/2023

Interessante material literário sobre o cristianismo. Chesterton tenta explicar da maneira mais simples possível qual seria a fé e seus fundamentos, contrapondo cientistas, filósofos e pensadores em geral de sua época. Ortodoxia, pessoalmente, serve muito para análise e estudo das mentes do século XIX - XX. Se a ideia é ler nesse intuito, então, recomendo muito sua leitura.
comentários(0)comente



Giovana331 06/12/2022

Nada é tão real como um conto de fadas
Poucos escrevem de um jeito tão sério e ao mesmo tempo de forma tão descontraída como ele.
Eu amo a forma que ele escrevia, mesmo as vezes eu tendo que reler por não ter entendido nada (mas isso no início, depois você pega o jeito), por esse motivo acho valido reler depois de um ano.
Ele apresenta a Ortodoxia de forma bem descontraída e leve, amei isso daí.
comentários(0)comente



Robson31 26/03/2022

Othos = reto e doxa = fé ou crença.
A ortodoxia tem sua origem no grego, onde ?orthos? significa ?reto? e ?doxa? significa ?fé? ou ?crença?. Ortodoxo significa, portanto, aquele que segue fielmente um princípio, norma ou doutrina.
Chesterton de forma bem prática combate os opositores do cristianismo, aqueles que ele chama de "modernos". A arrogância destes, somente os levaram a mais perdição.
Para quem acha que o mundo mudou, que não há mais crenças inabaláveis, ou que a fé cristã é ultrapassada, ler este livro levará você a novos pontos de reflexão sobre o homem e sobre a vida.
Este livro é uma lição de reconhecimento de valores da fé e da vida simples, o resgate do pensamento natural da natureza e do reencontro com Deus.
comentários(0)comente



_Wesley_ 26/12/2021

Paradoxal e Caótico
G.K. Chesterton divaga sobre questões filosóficas no cristianismo, mostrando sua interpretação multifacetada do que o levou a essa religião. Como o próprio autor fala no livro, ele é muito caótico, cheio de paradoxos, que levam recorrentemente a confusões desnecessárias. A ortodoxia que ele afirma é centrada na sua fidelidade e adoração a Igreja como instituição, não entendendo e nem mesmo provando como o cristianismo muda a vida, através da obra salvadora de Cristo. Há em suas páginas conceitos de grande valia, mas a exposição e a mudança constante de abordagem pelo autor, deixam a leitura arrastada e maçante.
comentários(0)comente



Vitória 30/06/2021

Ortodoxia como guardiã da moralidade, liberdade e do avanço
Chesterton faz sua defesa da ortodoxia cristã de forma bem fundamentada e sem medo de confrontar as ideologias dominantes da época. Aprendi bastante e destaquei muita coisa. Uma vez que o autor era católico, eu, como protestante, discordo de alguns comentários que o mesmo faz sobre o protestantismo, mas não deixa de ser um ótimo livro sobre cristianismo e um verdadeiro clássico.

~ Citações favoritas ~

Não vou chamá-la de minha filosofia, pois eu não a gerei. Deus e a humanidade a geraram, e ela gerou a mim. (Pág. 8)

Precisamos ver o mundo como a combinar uma ideia de maravilhamento e uma ideia de boas-vindas. Precisamos ser felizes neste país das maravilhas sem antes estarmos meramente confortáveis. (Pág. 10)

Pessoas de todo mundanas nunca entendem o mundo; elas confiam completamente em alguns axiomas cínicos que não são verdadeiros. (Pág. 14)

Sei onde arde a estrela fixa da certeza e do sucesso. Posso guiar você para os tronos dos Super-homens. Os homens que realmente acreditam em si mesmos estão todos em manicômios. (Pág. 14)

Se você consultasse sua experiência profissional em vez de sua horrenda filosofia individualista, saberia que acreditar em si mesmo é um dos sinais mais comuns de um canalha. Atores que não podem atuar acreditam em si mesmos; e também os devedores que não pagam. Seria muito mais verdadeiro dizer que um homem certamente fracassará por acreditar em si mesmo. A total autoconfiança não é apenas um pecado; a total autoconfiança é uma fraqueza. Acreditar completamente em si mesmo é uma crença tão histérica e supersticiosa como acreditar em Joanna Southcott: o homem que a possui tem 'Hanwell' escrito na testa tão claramente quanto está escrito naquele ônibus." (Pág. 15)

Em suma, esquisitices só surpreendem pessoas comuns. Esquisitices não surpreendem pessoas esquisitas. É por isso que as pessoas comuns têm momentos muito mais emocionantes, enquanto pessoas esquisitas sempre se queixam da monotonia da vida. É também por isso que os novos romances morrem tão rapidamente e os antigos contos de fadas duram para sempre. (Pág. 17)

O conto de fadas discute o que um homem sensato fará em um mundo louco. O romance realista sóbrio de hoje discute o que um lunático radical fará em um mundo sem graça. (Pág. 17)

A imaginação não gera insanidade. O que cria insanidade é exatamente a razão. (Pág. 18)

Aceitar tudo é um exercício, entender tudo é um esforço. O poeta só deseja exaltação e expansão, um mundo no qual possa se estender. O poeta só pede para colocar a cabeça no céu. É o lógico que procura colocar o céu na cabeça. E é a cabeça dele que se espatifa. (Pág. 19)

É o homem feliz que faz as coisas inúteis; o homem doente não é forte o suficiente para ficar ocioso. (Pág. 21)

Pois devemos lembrar que a filosofia materialista (verdadeira ou não) é certamente muito mais limitadora do que qualquer religião. (Pág. 27)

O homem que começa a pensar sem os primordiais princípios adequados enlouquece; ele começa a pensar no final errado. (Pág. 31)

O misticismo mantém os homens sãos. Enquanto você tem mistério, você tem saúde; quando destrói o mistério, você cria morbidade. O homem comum sempre foi são porque sempre foi um místico. (Pág. 32)

É impossível, sem humildade, desfrutar de qualquer coisa, até mesmo do orgulho. (Pág. 36)

Hoje em dia, a parte do homem que o homem defende é exatamente a parte que ele não deveria defender: ele mesmo. A parte de que ele duvida é exatamente a parte de que ele não deve duvidar: a razão divina. (Pág. 36)

Em qualquer esquina podemos encontrar um homem que profere a declaração frenética e blasfema de que pode estar errado. Todos os dias alguém se depara com uma pessoa dizendo que, evidentemente, seu ponto de vista pode não ser o correto. Evidentemente seu ponto de vista deve ser o correto, ou não é o ponto de vista dele. Estamos a caminho de produzir uma raça de homens mentalmente modestos para acreditar na tabuada de multiplicação. Corremos o risco de ver filósofos que duvidam da lei da gravidade por considerarem-na mera fantasia própria. Os escarnecedores de antigamente eram orgulhosos demais para serem convencidos, mas os de hoje são humildes demais para serem convencidos. Os mansos herdarão a terra, mas os céticos modernos são mansos demais demais para reivindicar sua herança. (Pág. 37)

O anarquismo nos força a ser ousados artistas criativos e não se preocupa com leis ou limites. Mas é impossível ser um artista e não se importar com leis e limites. Arte é limitação; a essência de cada quadro é a moldura. Se você desenhar uma girafa, deve desenhá-la com um pescoço longo. Se, em seu ousado modo criativo, você se sentir livre para desenhar uma girafa com um pescoço curto, descobrirá de fato que não é livre para desenhar uma girafa. No momento em que entra no mundo dos fatos, você entra em um mundo de limites. Você pode libertar coisas de leis estranhas ou acidentais, mas não das leis da própria natureza delas. Você pode, se quiser, libertar um tigre de sua jaula, mas não o liberte de suas listras. Não liberte o camelo do fardo de sua corcova: você pode estar libertando-o de ser um camelo. Não aja como demagogo, encorajando triângulos a saírem da prisão de seus três lados. Se um triângulo se libertar de seus três lados, a vida dele chegará um final lamentável. (Pág. 47)

Em suma, o revolucionário moderno, sendo um cético infinito, está sempre empenhado em minar as próprias minas. (Pág. 49)

Portanto, o homem moderno em revolta tornou-se, na prática  inútil para todos os propósitos de revolta. Ao se rebelar contra tudo  ele perdeu o direito de se rebelar contra qualquer coisa. (Pág. 50)

A ética e a filosofia vêm sendo alimentadas com contos de fadas. (Pág. 59)

Pode-se entender o cosmos, mas nunca o ego; o eu é mais distante que qualquer estrela. "Amarás o Senhor, teu Deus; mas tu não conhecerás a ti mesmo." Estamos todos sob a mesma calamidade mental: todos nós esquecemos o próprio nome. Todos nós esquecemos o que realmente somos. Tudo o que chamamos de senso comum e de racionalidade e de atitude prática e de positivismo significa apenas que, para certos níveis inoperantes de nossa vida, esquecemos que nos esquecemos. Tudo o que chamamos de espírito e de arte e de êxtase significa apenas que, por um impressionante instante, lembramos de que nos esquecemos. (Pág. 64 - 65)

O ponto não é que este mundo é muito triste para amá-lo ou muito feliz para não amá-lo; o ponto é que, quando você ama uma coisa, a alegria dela é uma razão para amá-la e a tristeza dela é uma razão para amá-la mais. (Pág. 82)

Quanto mais transcendental é o seu patriotismo, mais prática é a sua política. (Pág. 86)

O amor não é cego; essa é a última coisa que ele é. O amor está obrigado; e, quanto mais obrigado está, menos é cego. (Pág. 87)

Aquilo em que um homem pode crer depende de sua filosofia, não do relógio ou do século. (Pág. 92)

O otimismo cristão é baseado no fato de que não nos encaixamos no mundo. (Pág. 99)

As doutrinas tinham de ser definidas dentro de limites estritos, até mesmo para que o homem pudesse gozar de liberdades humanas em geral. A Igreja tinha de ser cuidadosa, no mínimo para que o mundo pudesse ser descuidado. Esse é o emocionante romance da Ortodoxia. As pessoas caíram no hábito tolo de falar da ortodoxia como algo pesado, monótono e seguro. Nunca houve nada tão perigoso ou tão empolgante quanto a ortodoxia. Era a sanidade, e ser são é mais dramático do que ser louco. (Pág. 126)

É fácil ser louco: é fácil ser herege. É sempre fácil deixar uma era ter sua cabeça; o difícil é manter a própria. É sempre fácil ser modernista, como é fácil ser esnobe. Ter caído em qualquer dessas declaradas armadilhas de erro e exagero as quais moda após moda e seita após seita prepararam ao longo do caminho histórico da cristandade, de fato, teria sido simples. E sempre simples cair; há uma infinidade de ângulos nos quais qualquer um cai, mas apenas um no qual permanece em pé. (Pág. 127)

O jovem moderno nunca mudará seu ambiente, porque ele sempre mudará de ideia. (Pág. 135)

Portanto, para todos os inteligíveis propósitos humanos, para alterar as coisas ou para manter as coisas como estão [...] é igualmente necessário que a visão seja uma visão fixa. (Pág. 138)

O homem deve ter fé suficiente em si mesmo para ter aventuras e dúvidas suficientes sobre si mesmo para apreciá-las. (Pág. 143)

Somente a Igreja Crist? pode oferecer alguma objeção racional a uma completa confiança nos ricos, pois ela tem afirmado desde o princípio que o perigo não estava no ambiente do homem, mas no homem. Além disso, ela tem afirmado que, se viermos a falar de um ambiente perigoso, o ambiente mais perigoso de todos é o ambiente de comodidade. (Pág. 148)

Todos os meus amigos utópicos modernos olham uns para os outros com dúvida, pois sua maior esperança é a dissolução de todos os laços especiais. Mas, uma vez mais, pareço ouvir, como uma espécie de eco, uma resposta do outro lado do mundo: ?você terá obrigações reais e, portanto, aventuras reais quando chegar a minha Utopia. Mas a obrigação mais difícil e a aventura mais extrema é chegar lá". (Pág. 156)

As pessoas têm o costume de se queixar da agitação e da energia de nossa época. Mas, na verdade, a principal marca de nossa época são preguiça e fadiga profundas, e o fato é que a verdadeira preguiça é a causa da aparente agitação. Tome um caso bastante externo: as ruas são barulhentas com táxis e automóveis; isso, porém, não se deve à atividade humana, mas ao repouso humano. Haveria menos agitação se houvesse mais atividade, se as pessoas estivessem simplesmente andando por aí. Nosso mundo seria mais silencioso se fosse mais enérgico. E o que é verdade a respeito da aparente agitação física é verdade também a respeito da aparente agitação do intelecto. (Pág. 157)

Toda reforma moral deve começar com uma vontade ativa, e não passiva. (Pág. 175)

A ortodoxia não é apenas (como é frequentemente argumentado) o único guardião seguro da moralidade ou da ordem, mas é também o único guardião lógico da liberdade, da inovação e do avanço. Se desejamos derrubar o opressor próspero, não podemos fazê-lo com a nova doutrina da perfectibilidade humana, mas podemos fazê-lo com a velha doutrina do Pecado Original. (Pág. 179)

Se me perguntam, como questionamento puramente intelectual, por que creio no cristianismo, posso tão somente responder: "pela mesma razão que um agnóstico inteligente descrê no cristianismo". Eu creio nele de forma bastante racional, apoiada sobre as evidências. Mas a evidência, em meu caso, como no caso do agnóstico inteligente, não está realmente nessa ou naquela suposta demonstração; é, antes, um enorme acúmulo de fatos pequenos, mas unânimes. (Pág. 181)

Platão lhe disse uma verdade, mas Platão está morto. Shakespeare surpreendeu você com uma imagem, mas Shakespeare não vai surpreendê-lo com nada mais. Mas imagine o que seria estar com esses homens ainda vivos, saber que Platão poderia irromper com uma palestra original amanhã ou que, a qualquer momento, Shakespeare poderia abalar tudo com um único soneto. O homem
que vive em contato como que ele acredita ser uma Igreja viva é um homem sempre esperando encontrar Platão e Shakespeare amanhã à hora do café. Ele está sempre esperando ver alguma verdade que nunca viu antes. (Pág. 196 - 197)

Este é o principal paradoxo de nossa religião: algo que nunca conhecemos em qualquer sentido pleno não é apenas melhor que nós mesmos mas ainda mais natural para nós do nós mesmos. (Pág. 201)

Havia uma coisa que era grande demais para Deus nos mostrar quando andou sobre a Terra, e, por vezes, tenho imaginado que era a Sua alegria. (Pág. 204)
comentários(0)comente



Vanderlete 24/05/2021

Uma leitura essencial !!
Em respostas a críticas que recebeu do seu livro "Hereges" Chesterton nos presenteia com "Ortodoxía".
Um livro essencial para todi cristão, que deseja conhecer sobre vertentes do cristianismo e sua fé.

[...]
"Havia algo que Ele escondia de todos os homens quando subia a um monte para orar. Havia algo que Ele cobria constantemente por um silêncio abrupto ou por um isolamento impetuoso. Havia uma coisa que era grande demais para Deus nos mostrar quando andou sobre a Terra, e, por vezes, tenho imaginado que era a Sua alegria."
comentários(0)comente



LeiaAngelita 26/02/2021

Um livro que tem muito a ensinar
Embora comece o livro afirmando que a leitura poderia vir a ser enfadonha, em nenhum momento senti como se isso fosse verdade, muito pelo contrário. É um livro de leitura bem fácil até e muito gostoso de se ler. O G.K.Chesterton consegue explicar sua opinião de uma forma bastante clara e precisando e fazendo uso de exemplos autoexplicativos e que representam bem aquilo que está sendo dito. Espero conseguir lê-lo novamente em breve.
comentários(0)comente



MariaeSM 19/02/2021

Uma leitura bastante enriquecedora
Não tenho palavras para descrever o quanto aprendi com este livro. Cada capítulo apresenta uma nova questão a ser abordada, no entanto em todas torna-se possível perceber como o Cristianismo consegue lidar magnificamente bem com elas. Chesterton escreve incrivelmente bem e conseguiu, ao meu ver, escrever o conteúdo do livro de maneira clara e com exemplos bastante ilustrativos. Espero conseguir ler esse livro novamente em breve.
comentários(0)comente



Jamerson.Alves 28/11/2020

Leia de novo, Jamerson!
Chesterton dialoga de uma maneira excepcional! Sua escrita é marcada por ironias e questionamentos que levam a formulação de uma boa filosofia. Infelizmente, por Chesterton divagar entre diversas filosofias vigentes, não absorvi muito de seu conhecimento no momento, no entanto, já é uma leitura programada para o futuro.
comentários(0)comente



Messias.Sousa 02/11/2020

O livro é incrível. A filosofia do autor é bem dificultosa pra entender, particularmente falando. Porém o livro é ótimo.
comentários(0)comente



Gisnaili 26/05/2020

A beleza da ortodoxia...
Simplesmente fantástico, com toda perspicácia Chesterton, nos leva ao mundo fascinante, simples, puro, cativante. Termino a leitura encantada com todas as nuances! ?
comentários(0)comente



Larissa 04/05/2020

Realmente é um clássico!
Que belo escrito, bem denso mas cheio de pérolas. Super indico a leitura para quem não desiste nas primeiras páginas maçantes
comentários(0)comente



Sidney.Muniz 02/05/2020

O autor refuta muitos pensamento da época, como ateus e filósofos. Mostrando que o cristianismo é a única porta para a felicidade do homem.
comentários(0)comente



14 encontrados | exibindo 1 a 14


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR