Juju 03/10/2023
Um clássico incomparável
Chris McNeil é uma atriz bem sucedida e adorada que conquistou sua fama a duros custos, agora ela finalmente desfruta de certo conforto ao lado da adorável filha pré-adolescente. Em meio às filmagens de seu mais novo compromisso profissional, Chris se muda temporariamente com Regan e os criados para uma casinha aconchegante em Georgetown, Washington D.C. As coisas parecem estar indo bem a princípio, até que estranhos eventos e ruídos perturbadores despertam certa preocupação. Tão logo, Regan antes vivaz, inteligente e simpática desenvolve uma espécie de personalidade alternativa e assim pratica os mais insanos e indecorosos atos de blasfêmia que chocam sua querida mãe. Desesperada, Chris procura todo tipo de ajuda médica, buscando compreender exatamente o que está acometendo sua filha que parece ter se transformado em uma outra pessoa completamente diferente e perigosa. Quando o amigo da família e colega de McNeil - Burke Dennings - , aparece morto sob potenciais circunstâncias suspeitas é a vez do detetive William Kinderman adentrar essa história e solucionar o misterioso caso. Enquanto isso, a situação da pequena Regan apenas piora e os fortes sedativos já não podem mais conter seus ataques que, afinal, podem não estar realmente relacionados à uma causa ou doença física. Em um último recurso, Cris McNeil implora pela ajuda de um padre que esteja disposto a dar-lhe ouvidos e performar o exorcismo que poderá salvar a vida de sua filha tomada pela malignidade do sobrenatural.
O Exorcista foi publicado pela primeira vez em 1971. Escrito por William Peter Blatty, autor e cineasta norte-americano que posteriormente publicou uma continuação (Legião) e também elaborou o roteiro para a adaptação do icônico filme dirigido por William Friedkin. O sucesso da obra e simultaneamente do filme foi tamanho que até hoje O Exorcista se consagra como um dos grandes clássicos do terror. E eu estou para dizer que o filme é um dos mais assustadores de todos os tempos. Quanto à obra literária, posso afirmar que foi uma experiência bastante interessante para a minha pessoa, uma vez que conseguimos sentir com maior intensidade as emoções dos personagens através das palavras. O amor de Chris McNeil por sua filhinha, o sofrimento da pobre e inocente Regan, a devoção e o sacrifício do Padre Karras ao realizar aquele corajoso exorcismo extremamente arriscado para salvar uma vida. Apesar do conteúdo explícito e de seu linguajar deveras vulgar, essa é uma obra que desperta compaixão, medo, afeto, empatia e tristeza. O desfecho, em minha opinião, é muito bonito e apropriado.
O livro constava em minha lista de leitura há certo tempo e com certeza fiquei muito satisfeita em constatar que esta é realmente uma grande e impactante obra que merece todo o reconhecimento que conquistou. Pretendo ler Legião de Blatty ainda esse mês para complementar a experiência e também assistir ao novo filme da franquia que chega aos cinemas em breve (estou com muito medo, só de assistir ao trailer quase infartei!). Inclusive, a editora Darkside Books lançou também no começo de outubro um livro sobre o filme em que constam imagens, entrevistas exclusivas com a equipe e um conteúdo extra super legal. Fica a dica então para os fãs e colecionadores (comprei esse livro, então se você me segue aguarde a resenha em breve!).