A República

A República Platão




Resenhas -


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By a lady 21/03/2024

Um verdadeiro tesouro.
Posso dizer que essa leitura foi a mais desafiadora pra mim nos últimos meses. Foi uma grande oportunidade de provar um pouquinho de Platão e me acostumar com a escrita, além de que, definitivamente não é um bicho de sete cabeças como costumam dizer, com o intuito de assustar quem nunca leu algo parecido.

Em muitos momentos eu me impressionei com os assuntos que foram tratados, pelo motivo de que eu já possuía tal pensamento, mas apenas não tinha plena consciência deles ou não eram totalmente desenvolvidos. Sendo assim, eu pude encontrar a origem dessas idéias e não ficar completamente perdida.

Esse livro certamente é um grande tesouro, pelo fato de que não apenas vai tratar do Estado em si, mas da própria alma e a sua formação. Eu definitivamente gostei muito dessa analogia e o final foi surpreendente, porque o fim se deu no destino da alma e a sua imortalidade. É uma obra muito rica e que sem dúvidas vou reler em breve.
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Super Faid 18/01/2024

Um clássico atemporal
Verdadeiramente não podemos esquecer o passado, menos ainda os sábios da antiguidade. Um livro de mais de dois milênio é legado a nós, então no mínimo deveríamos ler uma vez. É assim com "A República" de Platão, que narra um diálogo do seu mestre Sócrates usando seu método clássico de extrair das pessoas o conhecimento. Que tenhamos coragem de encarar semelhante obra em nossos dias, e digo mais, não há complexidade no livro, pois o princípio dos ensinamentos são elementar. O que requer aprofundamento é sua aplicação ao meu ver em nossos dias.
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Marafa 12/02/2022

Cada página desse livro é um tapa na tua cara
Ao ler esse livro, eu senti que levei 496 tapas na cara, um por página. É tão interessante ver o quanto o pensamento de Platão e seus asseclas já estava avançado, considerando que o livro foi escrito há aproximadamente 2.300 anos atrás.

De fato, essa não é uma leitura fácil nem esportiva, mas que demanda muita atenção às palavras e muita reflexão sobre algumas passagens.

Inicialmente, considero as traduções da Edipro muito boas (não à toa, o nome da editora vem de "Edições Profissionais"). Todas os livros da editora são bem traduzidos e trazem muitas notas de rodapé, que auxiliam a leitura e a contextualizam da obra.

Quanto ao conteúdo, Platão (ou Sócrates, que é o narrador da obra) dispõe-se a várias coisas, mas, dentre elas, a encontrar o conceito de justiça por meio da maiêutica, a definir se é melhor levar uma vida justa ou injusta, qual delas é mais virtuosa, e, dessa forma, abrangendo também as formas de governo existentes na época, pensando também em como construir uma sociedade ideal.

São tantos conceitos levantados durante a obra, tantas discussões, que em alguns momentos é difícil acompanhar o pensamento. Mas, com calma, tudo é possível.

A forma escolhida por Sócrates para chegar a conclusões, discutindo com o interlocutor e fazendo perguntas, para chegar a soluções em comum é muito interessante. Por meio disso, vemos a refutação de algumas ideias levantadas sobre o que seria a justiça, a forte ironia de Sócrates, e a construção do conceito de justiça, do bem e das virtudes em si.

Já havia lido outras obras de Platão, mas sinto que terei que reler, pois foi com essa obra que entendi algumas coisas, como a diferenciação que Platão faz entre o mundo real e o mundo Ideal. Além disso, entendi a importância da racionalidade em sua obra, da reflexão, do afastamento dos prazeres, dos sofistas e tudo o mais. Esta obra contém o famoso mito da Caverna e diversas outras explicações importantíssimas para entender o pensamento de Platão.

É importante dizer que Platão passa pelo conceito de justiça, discute com os amigos e interlocutores, fala sobre a educação ideal do Estado ideal, sobre poesia, música, ginástica, filosofia, esclarece como seria a divisão de classes dentro deste Estado, a relação entre homens e mulheres, entre jovens e velhos, fala sobre o desenvolvimento das almas, de tiranos, democratas, oligarcas, etc, e ainda sobra espaço para algumas elucubrações de teor místico e de difícil entendimento.

Essa é uma obra clássica e deveria ser lida por todos aqueles que gostam de se sentir desafiados. Se a cada página levamos um tapa na cara, é certo também que o prazer ao chegar ao final da obra tendo captado pelo menos boa parte de suas ideias é indescritível.
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caroline ww 28/11/2021

eu gosto da ideia do platao em colocar as mulheres junto com os homens pra serem guerreiras do Estado e etc mas tem muita coisa problemática e meio sem noção q ele fala aqui

eu sei q esse livro eh MUITO antigo e nn faz nem sentido eu ta comentando das "ideias problemáticas" de platao mas anyways e tmb essa escrita culta cansa demaisss senhor
Pedro 28/11/2021minha estante
Deus não criou as mulheres para a guerra, Carol. Se as mulheres fossem para a guerra, elas seriam escravizadas e estupradas, como aconteceu em algumas civilizações. A guerra requer violência e selvageria, e essas características são preponderantes nos homens.


caroline ww 29/11/2021minha estante
Acho que você se equivocou ao dizer que as mulheres não devem ir pra guerra, Pedro. Concordo que elas até podem não batalhar, mas, como já vimos durante a história, as mulheres também são essenciais pro triunfo de um Estado durante esses períodos, trabalhando nas indústrias, nos laboratórios e até mesmo nos aviões como elemento surpresa. Acho que se a mulher se propõe a fazer algo e sabe das consequências, como ir a um campo de batalha podendo ser capturada, ela tem todo o direito de ir e dar o seu melhor, podendo muito bem voltar intacta e vitoriosa.


Pedro 29/11/2021minha estante
Ah, quanto a isso eu concordo plenamente. Eu só queria dizer que o campo de batalha não é o lugar para uma mulher. Não se trata de machismo, não é isso. Se eu fosse casada e tivesse uma filha, eu jamais levaria minha esposa ou minha filha para uma guerra. Eu não conseguiria lutar sabendo que elas estavam correndo perigo.
Mulheres são capazes de fazer qualquer coisa que elas quiserem, isso é um fato. Mas a violência e a selvageria dos homens só podem ser combatidas por outro homem.




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