Ensaio sobre o louco por cogumelos

Ensaio sobre o louco por cogumelos Peter Handke




Resenhas -


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Biblioteca Álvaro Guerra 20/05/2022

A série dos Ensaios de Peter Handke, que começou a ser publicada em 1989, é composta por textos que mesclam memórias, reflexão e invenção literária. Na escrita do gênero ensaístico, o autor apresenta seu olhar sobre o cotidiano, tematizando também a linguagem e o tempo. A extensa e polifônica obra de Peter Handke teve sua importância eternizada pela Academia Sueca, que concedeu a ele o Prêmio Nobel de Literatura em 2019, louvando a engenhosidade linguística do autor e situando-o na linhagem dos imortais da tradição literária de língua alemã.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788574482781
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Higor 18/09/2021

"Lendo Nobel": sobre leituras irrelevantes ao mundo
Se "Ensaio sobre a jukebox" foi o livro de Peter Handke que me convenceu a ler mais de seus livros, após os insossos romances "Don Juan (narrado por ele mesmo)" e "A Perda da Imagem ou Através da Sierra de Gredos", e o interessante "Peças faladas", este "Ensaio sobre o louco por cogumelos" se mostrou uma grande frustração!

Tudo já começa com a franqueza do autor em admitir de que adianta escrever um livro como este, sendo que o mesmo é irrelevante para o mundo. Se é, de fato, irrelevante de ter sido escrito, por que seria, então, lido?

Partindo deste balde de gelo, o autor começa a falar sobre sua amizade com um coletor de cogumelos, e como seu ofício passou a se tornar uma obsessão. O mesmo não se propõe a falar sobre cogumelos, sua importância para o país ou o que os mesmos têm de bom e ruim. Handke quer apenas falar sobre uma amizade estranha e às vezes conturbada com esse que um dia viria a se tornar um louco por cogumelos.

E o livro se restringe a isso, sem maiores pretensões: a falar sobre seu amigo coletor de cogumelos, que acaba por abandonar as colheitas para se tornar, inesperadamente, um advogado de sucesso, sem deixar de lado sua paixão pelos fungos. Mas o que era apenas um trabalho, embora dificultoso, apaixonante, faz com que sua se torne uma obsessão a ponto de se afastar das pessoas, sejam, amigos, colegas de trabalho, e até mesmo mulher e filhos.

A obsessão desenfreada e sua falta de explicação dão o tom do livro nesse ensaio enfadonho de mais de 100 páginas, o que me deixou alegre de início, pois "Ensaio sobre a jukebox" foi tão gostoso que eu queria mais páginas. Como o autor mesmo confessou no início, a leitura deste ensaio é deveras desnecessária, o que é uma pena, dada a proposta primária, de conhecer, analisar e pesquisar coisas do mundo, mesmo que não as mais importantes, sobre prismas diferentes.

O experimento, e a escrita obviamente experimental, se propõe, de maneira despretensiosa, a se aventurar e se divertir através de escritos sobre estados ou sentimentos, paixões, coisas ou lugares. Infelizmente, não foi o que aconteceu neste "Ensaio sobre o louco por cogumelos", assim como não funcionou em "Ensaio sobre o cansaço", o primeiro de sua coleção de cinco ensaios, que me fez perder totalmente o interesse em pegar os dois restantes.

Um livro desnecessário, "Ensaio sobre o louco por cogumelos" pode muito bem ser descartado em uma possível escolha para conhecer os escritos do autor. Vá para outro ensaio ou romance, que algo de mais proveitoso pode sair daí.

Este livro faz parte do projeto "Lendo Nobel". Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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Tibiriçá 15/07/2020

Expressivo
Possui uma escrita muito dinâmica, onde o narrador representa um elo fundamental para a conclusão da obra.
O autor é muito autêntico, adorei conhecê-lo! Leitura para um dia, vc começa e não consegue parar!
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books_resenha 15/04/2020

Leitura estranha
Dentro da idéia central, que seria usar um apanhador de cogumelos no pós-guerra como alter ego do autor, de forma metafórica por sua busca às palavras que tão quanto os cogumelos precisam brotar, e na vida de ambos a busca pela perfeição pode virar loucura, a meu ver o autor não alcançou tamanha maestria. A leitura tornou-se cansativa, confusa, enjoativa e piorou quando resolveu citar um personagem de outra obra sua - assim como Gabriel Garcia Marquez fazia - trazendo à tona sua intenção em ser muito lido ou apenas demonstrando soberba.
A verdade é que não despertou-me curiosidade em descobrir quem era o personagem, menos ainda em ler qualquer outro livro dele.
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