Fabi | @ps.leitura 06/04/2020{resenha feita no blog PS Amo Leitura}“Território Lovecraft” foi publicado em janeiro pelo clube de assinatura da Intrínseca, os Intrínsecos, e vai contar uma história narrada em 1954 e todo o terror de uma América segregada.
Atticus Turner é um jovem, de 22 anos, que após receber uma carta de seu pai, vai embarcar em uma jornada para esse reencontro. O problema é que o Estados Unidos passa por uma época de segregação racial e isso acaba dificultando em sua jornada.
Ao chegar em Chigado, Atticus se encontra com Letitia e George e eles vão embarcar nessa jornada junto com ele. O que Atticus não esperava era que seu pai havia desaparecido. Juntos, vão em busca de respostas.
O problema que essa busca por respostas, muitas coisas estranhas começam a aparecer. Todas essas descobertas é apenas um começo para os inúmeros questionamentos e coisas que irão acontecer a seguir.
Afinal, quem era Lovecraft?
Quando recebi esse livro da editora, me questionei sobre o que ou quem seria Lovecraft, pois confesso que até o momento eu não conhecia o termo. Em uma pesquisa rápida no Google, me deparei com a seguinte explicação: “Howard Phillips Lovecraft, mais conhecido por H. P. Lovecraft, foi um escritor estadunidense que revolucionou o gênero de terror, atribuindo-lhe elementos fantásticos típicos dos gêneros de fantasia e ficção científica.”
Dito isso e lido a revistinha que acompanha na caixinha Intrínsecos, percebi que o autor Matt Ruff se inspirou em seus debates para criar essa obra, onde aborda sobre a segregação nos Estados Unidos, em 1954, mas o que me faz questionar: já se passaram tantos anos, mas por que o racismo ainda prevalece em nossa sociedade?
Isso é um dos pontos que questionamos ao longo de “território Lovecraft” e que faz questionar se aquilo mesmo que estamos lendo é uma história real ou apenas uma ficção, afinal, é impossível não comparar essas duas dimensões.
Apesar do contexto, o livro não me conquistou.
Ok, nas primeiras páginas de “território Lovecraft” eu confesso que estava curiosa pelo o que viria. O livro aborda questões como racismo e como isso era completamente predominante no passado (e até mesmo nos dias de hoje).
O problema é que o livro começa a ficar confuso em certo ponto. Como ele é narrado em 8 contos e se conectam ao longo do enredo, achei que ele fluiria de uma forma diferente, mas não sei dizer se foi a escrita de Matt Ruff, a forma como ele apresentou esses contos ou o gênero da obra, mas não consegui me conectar aos personagens e nem ao enredo.
Muitas vezes senti vontade de abandonar o livro porque a leitura não estava me conquistando, assim como em outros momentos eu não conseguia entender o que estava realmente acontecendo. Uma pena, pois pelo tema abordado, acredito que tinha tudo para ser um grande exemplar.
De qualquer forma, para quem gosta de livros com contos, gosta de gêneros de terror e ficção, e também sobre o assunto abordado, aventure-se por “território Lovecraft”. Não foi um livro que me conquistou, mas talvez pode conquistar você.
site:
https://www.psamoleitura.com/2020/03/resenha-territorio-lovecraft.html