O Marxismo Ocidental

O Marxismo Ocidental José Guilherme Merquior




Resenhas -


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Mr. Matos 19/11/2020

Livro importante
Talvez eu já tenha falado suficiente sobre minhas impressões gerais do livro nas notas anteriores sobre o mesmo, eu estava na dúvida entre considerar o livro bom ou ruim, resolvi considerar o livro bom partindo do ponto de vista que os as discordâncias que tenho com o autor especialmente entre as interpelações que Merquir faz sobre Hegel, Marx, Lukács, Walter Benjamim, Adorno e sobre a Escola de Frankfurt como um todo, É preciso entender que o autor não partilha da concepção de que é preciso uma transformação radical das formas sociais na era do Capital então a maioria das minhas divergências com o autor se encontram nesse ponto específico, pois o mesmo considera que as instituições iluministas ( governo republicano com elementos democráticos, mercado globalizado, liberalismo político) seriam uma espécie de catalizador para promover o progresso e a melhoria das condições humanas talvez por isso seu diagnóstico crítico sobre um Pensador tratado no livro como Habermas é bastante brando, visto que Habermas é fruto de uma cisão na escola de Frankfurt que rompeu com o projeto adorniano de "uma sociedade totalmente outra" ( importante frisar que já não se tratava de uma questão marxista como o Comentador Martin Jay aponta desde os anos 30 o Grande Hotel tinha uma relação ambígua com o pensamento de Marx) Habermas é fruto do tronco Horkheimeano que acredita que o grau de desenvolvimento das sociedades horizontais criou instrumentos e aparatos políticos e tecnológicos capazes de promover o melhor desenvolvimento humano via democracia e participação popular, o que vai levar a Habermas e sua teoria da ética argumentativa as teorias do agir comunicativo e mais tardar em Axel Honneth e sua abordagem neo hegeliana para uma teoria do reconhecimento tornando Frankfurt não mais um projeto revolucionário mas um reformismo progressista, que mantém vínculo com o "progressimo conservador" se assim podermos chamar o Horizonte de Merquior.
O livro é importante para liberais pelo motivo de que é preciso urgentemente que abandonem a Vulgaridade de Rodrigo Constantino e Cia, e tenham a mão um crítico honesto da tradição crítica do pensamento ao invés do mistifcador e torturador de textos Olavo de Carvalho.
Para quem admira o "Marxismo Ocidental" deve se ter a postura do Velho Leandro Konder que a edição anexa a Carta em agradecimento a Merquior pelo livro e dedicatória, que ao ler o livro discordou porém via nisso a opoturnidade de revisitar o próprio pensamento e repensar velhas ideias a luz da crítica.
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